domingo, 29 de maio de 2016

Motoristas de ônibus podem parar nesta segunda, após o meio-dia

Jornal Cruzeiro do Sul


Motoristas de ônibus podem parar nesta segunda, após o meio-dia - PEDRO NEGRÃO / JCS (25/05/2016)

Os trabalhadores do transporte coletivo de Sorocaba e Votorantim podem cruzar os braços novamente nesta segunda-feira (30), após o meio-dia, caso não haja acordo de conciliação numa audiência marcada para 10h no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, em Campinas. A decisão foi tomada pela categoria em duas assembleias realizadas na última sexta-feira. Os coletivos também devem circular, durante a manhã, com os faróis acesos como forma de protesto e alerta, à população, de que o serviço poderá ser interrompido em qualquer horário durante a tarde ou até mesmo a noite.

Se os trabalhadores decidirem pela paralisação, continua valendo a liminar da Justiça que determina a circulação de 70% da frota nos horários de pico (das 5h30 às 8h30, das 11h às 14h e das 17h às 20h30) e pelo menos 40% nos demais horários, tanto em Sorocaba como em Votorantim. A audiência no TRT reunirá hoje representantes do sindicato e das empresas Sorocaba Transportes Urbanos (STU), Consórcio Sorocaba (Consor) e Viação São João. A busca é por uma conciliação em relação ao reajuste salarial e de benefícios da categoria, com data-base em 1º de maio, e que ainda não teve acordo fechado entre as partes. Segundo o presidente do Sindicato, Paulo Estausia, caso haja uma proposta apresentada que seja interessante para os trabalhadores, o serviço não será interrompido e novas assembleias serão marcadas para amanhã (31).

Na sexta-feira, Estausia comentou que aconteceram vários contatos para a negociação, desde a última quarta-feira, mas que as propostas foram levadas aos proprietários das empresas, que as negaram. O dirigente sindical acusa os empregadores de estarem usando a greve de maneira política. "Eles alegam que um ponto qualquer de benefício é um obstáculo para continuar a negociação, mas quando o sindicato retira, por exemplo, a contratação de agentes de bordo num contingente que a gente exigia, eles recuam e dizem que o obstáculo é outro. Já flexibilizamos nisso e no parcelamento do reajuste. Está muito claro para nós que as empresas estão apostando que a greve é favorável a elas, talvez numa decisão judicial. Mas é uma pena que é a população que paga por isso", disse, na ocasião.

As reivindicações da categoria na campanha salarial são correção salarial segundo a inflação que fechou em 9,955% mais aumento real de 6%, aumento no tíquete-refeição de R$ 19 para R$ 23, aumento na participação nos lucros e resultados (PLR) para o valor de um piso salarial, contratação de agentes de bordo em quantidade que iguale ao número de motoristas e manutenção de todos os direitos já conquistados em campanhas salariais passadas.

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