sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Cadela que perdeu uma das pálpebras ganha implante pioneiro no Brasil

Ana Paula Yabiku
Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Sofia sofreu graves lesões na face durante uma briga com outras cachorras.
Técnica utilizou biomembranas absorvíveis produzidas em impressão 3D.

Sofia ficou mais de 40 dias internada no hospital, mas já está em casa (Foto: Arquivo pessoal)

Utilizar técnicas de impressão 3D para criar tecido vivo e reconstruir algumas partes do corpo dos animais parecia improvável há alguns anos. Mas a biotecnologia veterinária já é uma realidade e foi a solução que a gerente de lojas Sônia Batista, de 47 anos, encontrou para resolver o problema da cadelinha Sofia, uma vira-lata de 5 anos, que perdeu a pele na região da cabeça e dos olhos depois de uma briga.

Prestes a ser sacrificada no Centro de Controle de Zoonoses de Votorantim (SP), a cachorra foi adotada pela nova família, há dois anos, com algumas deficiências, como a falta de glóbulos vermelhos e o cio seco ou sem sangramento, além da Doença do Carrapato, que fez com que ela perdesse parte da visão.

Sofia foi tratada e se recuperou, mas, em dezembro de 2015, durante um desentendimento com outras duas cachorrinhas que Sônia havia abrigado por três meses para doação, ficou com graves lesões na face e no corpo. "Houve perda de tecido por toda a cabeça e da pálpebra superior esquerda, comprometendo a lubrificação ocular", explica o médico veterinário Mário Henrique Scarpelli Calejo, de 40 anos.

Sofia foi levada para um hospital veterinário de Sorocaba (SP), onde passou por avaliação. "Existia a possibilidade de uma cirurgia reconstrutiva, mas chegamos à conclusão de que não teria tecido suficiente", lembra o veterinário. Foi então que os profissionais resolveram partir para a biotecnologia.



Mário Scarpelli Calejo, um dos responsáveis pelo
procedimento (Foto: Arquivo pessoal)

Sônia Batista encontrou na biotecnologia uma solução para os problemas de Sofia (Foto: Arquivo pessoal)

Cadelinha foi adotada pela família de Sônia há dois
anos (Foto: Arquivo pessoal)


Membranas foram produzidas com técnicas de
impressão 3D (Foto: Arquivo pessoal)

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