quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Motociclista atingido por linha de pipa diz ter sido salvo por 'correntinha'

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

Linha com cerol chegou a cortar camiseta da vítima em Votorantim.
Usar ou vender material cortante pode gerar multa de R$ 1.761,55.

Homem é atingido por linha de cerol em Votorantim (Foto: Jorge Luís Barbosa/Arquivo Pessoal)
Homem é atingido por linha de cerol em Votorantim (Foto: Jorge Luís Barbosa/Arquivo Pessoal)

Um motociclista ganhou uma nova chance de trafegar pelas ruas de Votorantim (SP) após ter sido salvo de um corte causado por linha de pipa com cerol pela correntinha que usa no pescoço. Jorge Luís Barbosa, de 27 anos, conta que após passar por uma curva na rua Hilário Bernardi, no bairro Jardim Archila, foi surpreendido pela linha cortante. "Ela chegou a enroscar no meu pescoço, mas fui salvo pela correntinha”, diz aliviado.
O vendedor ainda relatou que, após ser atingido, a linha chegou a "abrir" o guidão e cortar a camiseta. “Não tenho a antena para proteger, mas vou comprar." Como o material da linha era verde, ele acredita que seja chilena, que é mais resistente e causa maior risco aos motociclistas.
Jorge chegou a fazer um boletim de ocorrência com relação ao acidente e compareceu na tarde desta terça-feira (10) no Instituto Médico Legal (IML) para passar por exames. O resultado deve ficar pronto em duas semanas.
A auxiliar de produção Michelle Reis também foi vítima da linha de pipa com cerol. Ela conta que levou pontos no nariz e no dedo após ser atingida. O material ainda quebrou a viseira e tirou até uma lasca do capacete. Uma semana depois do acidente, a motociclista ainda sente dores, mas se diz aliviada, já que sabe que poderia ter sido pior. "Estou pensando em desfazer da moto. Eu já coloquei à venda porque é uma coisa que me marcou demais. Poderia ter sido pior”, reflete.
Para inibir essa prática, a Guarda Civil Municipal (GCM) faz ações para coibir o uso desses materiais. No último ano, foram apreendidas 723 pipas e latas com cerol em Sorocaba (SP). “A princípio ela era feita com cola, pó de vidro. Começaram a usar pó de ferro. Hoje em dia, é vendida a linha chilena que é industrializada e mais cortante ainda", esclarece o guarda municipal, Alisson Amadio.
A linha cortante tradicional é feita com uma mistura de cola e caco de vidro e esse outro fio colorido, conhecido como linha chilena, também é bastante comum. Entretanto, usar ou vender linha cortante pode gerar multa de R$ 1.761,55 em Sorocaba.

Michelle chegou a levar pontos no nariz ao ser atingida por linha cortante (Foto: Reprodução/TV TEM)

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