O Partido Socialismo e Liberdade de Votorantim realizou, na noite de segunda-feira (24), um seminário que debateu sobre coleta seletiva, meio ambiente, finanças públicas, geração de emprego e renda, em especial a respeito da terceirização da coleta de resíduos domésticos por parte da Prefeitura de Votorantim.
O geógrafo Thiago Leite, um dos palestrantes, explicou a importância da separação do lixo, da conscientização da população e a correta destinação do lixo que é produzido nas residências diariamente. Ele esclareceu que, antes de fazer este debate, esteve nos dois Ecopontos de Votorantim e um estava abandonado. "Apenas o do Jardim São Matheus que está parcialmente em funcionamento. Isso porque quando estive lá na semana passada não havia nenhum funcionário da prefeitura no local", disse. E completou: "Conversei com alguns moradores e quase ninguém sabia da utilidade do espaço, ou seja, a administração não informou à população sobre a instalação do Ecoponto no Jardim São Matheus. É um absurdo essa situação".
Já o presidente do PSOL de Votorantim, Rodrigo Chizolini, disse que a administração pública local veio com o argumento de "redução de gastos", quando contratou a empresa terceirizada (sem qualquer licitação) para realizar o serviço de coleta de resíduos domésticos na cidade. "Não foi bem assim que aconteceu. O serviço terceirizado, em quatro meses, poderá representar um rombo de R$ 3,4 milhões. Caso seja definitivo, haverá um gasto de R$ 700 mil, ocasionando um prejuízo de R$ 8,4 milhões em um ano", explicou. "Como forma de comparação, se a administração pública continuasse fazendo o serviço de coleta de resíduos domésticos, o investimento seria bem menor: R$ 340 mil por mês; no ano, R$ 4 milhões", completou.
Após apresentar essas informações, Chizolini fez outra análise em relação às finanças públicas. "A Prefeitura de Votorantim está, no momento, tendo dois gastos: com a empresa terceirizada e também com os coletores que são concursados. Na nossa visão, o prefeito deveria valorizar os servidos públicos, dando a eles condições necessárias para fazer o serviço de coleta no município", disse.
Outro aspecto mencionado pelo presidente do PSOL de Votorantim e que chama atenção diz respeito ao remanejamento da verba de algumas secretarias para garantir o pagamento da empresa terceirizada. Foram retirados R$ 1,9 milhão da Educação; R$ 430 mil do Desporto; R$ 230 mil da Cultura e Turismo; R$ 340 mil de Obras e Urbanismo; e R$ 25 mil do Meio Ambiente. "Quem sai prejudicado com isso é a população votorantinense, que necessita desses serviços sociais."
Proposta do PSOL
Segundo pesquisadores, 30% dos resíduos domésticos produzidos nas cidades são possíveis de serem reciclados. "Todo o resíduo doméstico arrecadado é despejado no Aterro Sanitário, e apenas 7% são reciclados muito em função do trabalho da Cooperativa de Votorantim (Coopervot). E isso pode ser expandido, com a efetivação de uma rede de Ecopontos para o descarte de entulhos e outros materiais; criação um conselho popular de gestão de resíduos; implantação de uma Usina de Compostagem; contratação de estagiários dos cursos ambientais das universidades; transformar terrenos públicos ociosos em hortas comunitárias; fazer um canal de comunicação com sociedade sobre políticas ambientais; entre outras medidas."
Além dos debatedores, a população votorantinense também esteve presente e fez suas colocações sobre a os temas do seminário. Todas as declarações foram acatadas e serão transcritas em um ofício que será encaminhado à Prefeitura de Votorantim nos próximos dias. Na visão do PSOL, não há como construir um programa voltado a determinado assunto sem a participação efetiva do povo e, por isso, faz-se necessário ouvir cada opinião e depois colocá-la em prática. "Como partido não é governo em Votorantim, o que podemos fazer é realizar seminários temáticos, construir um plano de ação junto com os votantinenses e encaminhá-lo para que o prefeito execute", explicou Rodrigo Chizolini. O próximo debate provavelmente terá como tema saúde.
Sandy Domingues
Executiva Psol Votorantim
O geógrafo Thiago Leite, um dos palestrantes, explicou a importância da separação do lixo, da conscientização da população e a correta destinação do lixo que é produzido nas residências diariamente. Ele esclareceu que, antes de fazer este debate, esteve nos dois Ecopontos de Votorantim e um estava abandonado. "Apenas o do Jardim São Matheus que está parcialmente em funcionamento. Isso porque quando estive lá na semana passada não havia nenhum funcionário da prefeitura no local", disse. E completou: "Conversei com alguns moradores e quase ninguém sabia da utilidade do espaço, ou seja, a administração não informou à população sobre a instalação do Ecoponto no Jardim São Matheus. É um absurdo essa situação".
Já o presidente do PSOL de Votorantim, Rodrigo Chizolini, disse que a administração pública local veio com o argumento de "redução de gastos", quando contratou a empresa terceirizada (sem qualquer licitação) para realizar o serviço de coleta de resíduos domésticos na cidade. "Não foi bem assim que aconteceu. O serviço terceirizado, em quatro meses, poderá representar um rombo de R$ 3,4 milhões. Caso seja definitivo, haverá um gasto de R$ 700 mil, ocasionando um prejuízo de R$ 8,4 milhões em um ano", explicou. "Como forma de comparação, se a administração pública continuasse fazendo o serviço de coleta de resíduos domésticos, o investimento seria bem menor: R$ 340 mil por mês; no ano, R$ 4 milhões", completou.
Após apresentar essas informações, Chizolini fez outra análise em relação às finanças públicas. "A Prefeitura de Votorantim está, no momento, tendo dois gastos: com a empresa terceirizada e também com os coletores que são concursados. Na nossa visão, o prefeito deveria valorizar os servidos públicos, dando a eles condições necessárias para fazer o serviço de coleta no município", disse.
Outro aspecto mencionado pelo presidente do PSOL de Votorantim e que chama atenção diz respeito ao remanejamento da verba de algumas secretarias para garantir o pagamento da empresa terceirizada. Foram retirados R$ 1,9 milhão da Educação; R$ 430 mil do Desporto; R$ 230 mil da Cultura e Turismo; R$ 340 mil de Obras e Urbanismo; e R$ 25 mil do Meio Ambiente. "Quem sai prejudicado com isso é a população votorantinense, que necessita desses serviços sociais."
Proposta do PSOL
Segundo pesquisadores, 30% dos resíduos domésticos produzidos nas cidades são possíveis de serem reciclados. "Todo o resíduo doméstico arrecadado é despejado no Aterro Sanitário, e apenas 7% são reciclados muito em função do trabalho da Cooperativa de Votorantim (Coopervot). E isso pode ser expandido, com a efetivação de uma rede de Ecopontos para o descarte de entulhos e outros materiais; criação um conselho popular de gestão de resíduos; implantação de uma Usina de Compostagem; contratação de estagiários dos cursos ambientais das universidades; transformar terrenos públicos ociosos em hortas comunitárias; fazer um canal de comunicação com sociedade sobre políticas ambientais; entre outras medidas."
Além dos debatedores, a população votorantinense também esteve presente e fez suas colocações sobre a os temas do seminário. Todas as declarações foram acatadas e serão transcritas em um ofício que será encaminhado à Prefeitura de Votorantim nos próximos dias. Na visão do PSOL, não há como construir um programa voltado a determinado assunto sem a participação efetiva do povo e, por isso, faz-se necessário ouvir cada opinião e depois colocá-la em prática. "Como partido não é governo em Votorantim, o que podemos fazer é realizar seminários temáticos, construir um plano de ação junto com os votantinenses e encaminhá-lo para que o prefeito execute", explicou Rodrigo Chizolini. O próximo debate provavelmente terá como tema saúde.
Sandy Domingues
Executiva Psol Votorantim
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