sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Envolvido em caso de jovem morta dá novo depoimento

Jornal Cruzeiro do Sul
Marcel Scinocca

O técnico de laboratório de 33 anos envolvido no caso da jovem Juliana Jovino, encontrada morta na represa de Itupararanga em 25 de dezembro, prestou novo depoimento nesta quinta-feira (18) no 2º Distrito Policial de Votorantim. Agora na condição de investigado, o homem foi ouvido pelo delegado Gilberto Montenegro Costa Filho. Durante o depoimento, confirmou que deixou Juliana na represa de Itupararanga achando que ela estivesse morta. "A versão dele é a confissão de um homicídio culposo", opinou o delegado.

Gilberto Montenegro disse que poderá pedir o indiciamento do investigado já semana que vem e não descartou a possibilidade de pedir também a prisão preventiva ou temporária do homem. No depoimento, conforme o delegado, o técnico confessou ter deixado a filha de Juliana, uma criança de dois anos, em uma rua no bairro Jardim Eldorado, fato que provocou comoção no dia de Natal. Um dos crimes pelos quais o investigado poderá responder, conforme adiantou o delegado, é abandono de incapaz.

Dezessete pessoas já foram ouvidas no inquérito. Mais duas ainda devem prestar esclarecimentos. O depoimento desta quinta durou cerca de duas horas e meia. O investigado teria perdido o emprego e seu casamento também teria chegado ao fim em decorrência de seu envolvimento no caso.

A versão

O investigado e Juliana se conheceram em um bar na noite do dia 23 de dezembro. Eles teriam passado a noite bebendo e usando drogas, segundo o delegado. Na manhã do dia 24, Juliana, o investigado e um grupo de amigos teriam seguido para a casa dele em Votorantim. Depois, foram para Sorocaba. Mais tarde, no entanto, Juliana, a filha e o investigado teriam deixado a cidade e retornado a Votorantim, até a casa do investigado. Ele afirmou no depoimento que ela teria tido o que acreditou ser uma overdose por uso de cocaína, tendo procurado recuperá-la por aproximadamente uma hora. Então, o técnico teria colocado Juliana no banco de trás de carro e a criança no banco da frente. Depois de deixar a menina em uma das ruas do bairro Jardim Eldorado -- ainda no dia 24 --, ele teria dirigido até a represa de Itupararanga, onde deixou Juliana, que acreditava estar morta.

O investigado já teria passagem policial, mas o delegado não revelou a natureza do crime.

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