domingo, 20 de maio de 2018

Potencial de consumo eleva Sorocaba para 27ª posição no ranking nacional

Jornal Cruzeiro do Sul
Larissa Pessoa

Cidade atrai grandes redes de varejo, mas média de consumo per capita recuou de 2017 para 2018 - EMIDIO MARQUES / ARQUIVO JCS (1/8/2017)

Sorocaba aparece como a 7ª cidade do Estado de São Paulo com maior potencial de consumo para 2018, segundo ranking elaborado pelo IPC Maps, da IPC Marketing Editora. Os sorocabanos, segundo o estudo, consumirão, até o final deste ano, cerca de R$ 18 bilhões. No ranking nacional, Sorocaba subiu duas posições, passando de 29ª em 2017 para 27ª no estudo mais recente. Na comparação com o ano passado verifica-se um crescimento de R$ 1,2 bilhão e os principais responsáveis pelos gastos da população são a manutenção do lar e a alimentação.

O maior potencial de consumo está na capital paulista, primeira no ranking estadual e nacional. Moradores da cidade São Paulo devem consumir R$ 348,7 bilhões este ano. Em seguida, no Estado, aparece Campinas, com estimativa de R$ 37,6 bi. Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo e Ribeirão Preto também estão à frente de Sorocaba no estudo do IPC Maps.

Depois de Sorocaba, entre as cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), aparece Itu, na 44ª colocação estadual. Itapetininga também está no ranking como a 51ª cidade paulista com maior potencial de consumo. Salto ocupa a 64ª posição, próximo de Tatuí, na 66ª. Votorantim, segundo o estudo, deve consumir R$ 3,3 bilhões, ocupando a 68ª posição.

O levantamento da IPC Marketing utiliza como base para os dados de fontes oficiais, como o IBGE, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Ministério da Fazenda.

Pelo estudo, a classe B sorocabana desponta como a de maior potencial de consumo no município, com participação de 51,9%. Em valores, essa classe deverá consumir até o final deste ano R$ 9,2 bilhões. Já a classe C teve uma redução na participação, caindo de 35% em 2017 para 30,1% neste ano, com um potencial de consumo da ordem de R$ 5,3 bilhões.

Ou seja, as duas classes somadas representam mais de 82% de todo o bolo da população com poder de compra. A média de consumo per capita, entretanto, recuou em comparação ao ano passado, passando R$ 28,9 mil no ano para R$ 27 mil. De acordo com o economista Antonio Carlos Moreira, essa redução na média de consumo pode ser atribuída a uma maior cautela do consumidor, que mesmo diante de sinais de recuperação da economia.

A classe D/E de Sorocaba deverá consumir neste ano R$ 621,9 milhões, o que é quase metade do que foi estimado pelo IPC Maps no ano passado, quando chegou a R$ 1,1 bilhão. O potencial de consumo dessa classe volta a ser semelhante ao de 2016, quando chegou a R$ 578 milhões.

O potencial de consumo da classe A tem crescimento pelo terceiro ano consecutivo. Em 2016 o valor chegou a R$ 1,9 bilhão, no ano seguinte foi de R$ 2,1 bilhões, enquanto que em 2018 os mais ricos devem consumir R$ 2,6 bi. "Essas estimativas apontam que a crise econômica que o País enfrentou não foi sentida com tanto sofrimento pelas classes mais abastadas e sim afetou a população mais pobre, que teve seu poder de compra reduzido", afirma Moreira.

Embora algumas classes tenham sofrido redução na estimativa de potencial de consumo, o economista aponta que, no geral, Sorocaba apresenta uma boa projeção boa, que coloca a cidade como um foco para novos investidores.
Dinheiro vai para comida e casa

Os dois principais destinos do dinheiro do sorocabano são os básicos: manutenção do lar e alimentação. Segundo o IPC Maps, serão desembolsados na cidade R$ 4,8 bilhões apenas com itens para manter a casa e esse gasto é R$ 1 bi maior que no ano passado. Em seguida, vem a alimentação no domicílio, no valor de R$ 1,4 bilhão. Em 2016, esse item consumiu R$ 1,8 bilhão do orçamento do sorocabano.

Comer fora de casa deve representar mais de R$ 1,1 milhão. No ano passado, o gasto com esse item era estimado em R$ 873 mil. Gastos com veículo próprio superam tanto medicamentos quanto saúde, chegando a R$ 929 mil. O sorocabano, segundo o estudo, também deve gastar R$ 117 mil em fumo e R$ 210 mil em bebidas ao longo de 2018.

Poder de compra coloca Sorocaba no foco de investidores - ERICK PINHEIRO / ARQUIVO JCS (11/7/2016)

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