Abastecimento deve se normalizar nesta 5ª

Thiago Arioza

Notícia publicada na edição de 04/02/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 3 do caderno B
 

Adutora voltou a funcionar em fase de testes

Crédito: Fábio Rogério

Dona de casa Vanda Rocha reclama de louça acumulada na pia

Crédito: Fábio Rogério

A adutora, desativada na segunda-feira no bairro da Chave, em Votorantim, por conta de um vazamento, voltou a funcionar em fase de testes na noite desta quarta0feira (03), com expectativa de resolver o problema da falta d’água até a manhã desta quinta-feira (04) . Funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) trabalharam o dia todo na substituição de peças danificadas após o reparo ao rompimento ocasionado pela força da água, que empurrou a tubulação e a estrutura que a sustentava.

Após o serviço, a rede foi liberada, mas não suportou a pressão e apresentou novo vazamento em seu trecho sobre o rio Sorocaba. Na intenção de evitar que o trecho seja novamente danificado, funcionários do Saae substituíram as juntas elásticas danificadas e implantaram 60 metros em cabos de aço para imobilizar a rede.

Segundo o superintendente do Saae, Antônio Carlos Domingues da Cruz, o trabalho é considerado difícil por conta do risco aos funcionários e a erosão nas encostas, local onde a tubulação deveria ser fixada. Dois guindastes e uma retroescavadeira auxiliaram no serviço que se estendeu até às 19h30, quando o acoplamento foi finalizado. Para minimizar o problema, diversas manobras foram realizadas na madrugada de terça-feira que liberaram certa quantidade de água entre o Parque Bela Vista, Vossoroca, Mirante dos Óvnis, Jardim Clarice, Santos Dumont, Jardim Tatiana, Green Valley, Novo Mundo e Primavera.

Com isso, parte dos moradores passaram o dia com a caixa d’água cheia. O Saae ainda providenciou cinco caminhões-pipa, que abasteceram as estações do Jardim Tatiana e Novo Mundo, além de percorrer os locais onde a situação era mais grave para o atendimento a munícipes que ficaram totalmente sem água. O Saae Sorocaba também contribuiu, cedendo outros caminhões-pipa para levar água até a estação no bairro Cerrado.

No mirante dos Óvnis, uma das regiões mais prejudicadas, a dona de casa Vanda Garcia Rocha ficou com a louça acumulada na pia. Na casa, onde moram três pessoas, a prioridade era o banho da família, que economizava água da caixa com capacidade de 500 litros. “Aqui, água da caixa é só no banheiro e eu achei melhor economizar porque fiquei com medo de demorar pra voltar ao normal”, explicou. Em outros bairros, quem ficou completamente sem água foi obrigado a pedir ajuda para vizinhos que ainda estavam com a caixa cheia ou buscar em fontes alternativas, como o eletricista Pedro Carlos Crisolo, que levou 40 litros de água de uma bica até a obra em andamento na casa onde moram cinco pessoas.