Matheus Casagrande
Fonte: Folha de Votorantim
Com uma série de justificativas, que consideram desde a falta de vagas para estacionamento de veículos no centro até a necessidade de se valorizar e prestigiar o comércio da cidade, o presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acev), Eder Santos Benetti, cobra da prefeitura a criação de um bolsão de estacionamento na área localizada na confluência da avenida 31 de Março e rua Júlio Lopes, no centro.
Um ofício assinado por Benetti, com croqui e fotografias anexos, foi protocolado no gabinete do prefeito Carlos Augusto Pivetta em 15 de janeiro. Na última sexta-feira (5), ele se reuniu com o secretário de Segurança Comunitária, Trânsito e Transporte, Claudinei Ribeiro de Paula Ribeiro, ocasião em que pôde fazer a solicitação pessoalmente. Procurado depois pela reportagem, Ribeiro afirmou que o assunto ainda precisaria ser discutido com o prefeito.
Em sua proposta, Benetti apresenta 11 considerações, apresentadas com base em reclamações e sugestões feitas pelos próprios comerciantes associados (segundo ele, a Acev atualmente tem cerca de 400 sócios ativos, entre lojistas e prestadores de serviços).
O primeiro problema é justamente a falta de vagas para os clientes do comércio central. Benetti vai além e observa que “a falta de locais para estacionamento na região central da cidade reflete diretamente no movimento diário do comércio local, visto que as pessoas com poder de compra e que necessitam de bens e de serviços optam por dirigir-se até a cidade de Sorocaba, onde existe uma maior demanda de locais apropriados para esse fim”. Tal problema de evasão de clientes para Sorocaba, segundo Benetti, existe “desde os primórdios de nossa cidade”.
O local, além de ocioso, conforme observa Benetti, está situado em “local privilegiado, visto que a programação de saída dos veículos pela rua Júlio Lopes servirá também para desafogar o trânsito da avenida 31 de Março”. Ele também cita, no ofício, que as árvores frutíferas existentes no local poderão ser mantidas, pois “não influenciam na finalidade proposta e contribuem para o equilíbrio do meio ambiente naquela região”.
Sobre a administração do estacionamento, o presidente da Acev deixa a questão em aberto, mas sugere que o local seja explorado por entidades filantrópicas da cidade, para que o retorno dos valores arrecadados seja revertido aos seus assistidos. Eder Benetti também considera a hipótese de a própria Acev administrar o estacionamento. “Eu não gostaria. Mas, caso ninguém esteja interessado, nem mesmo a própria prefeitura, eu pego.”
Ao final do texto, Eder Benetti reconhece que a administração pública municipal vem realizando “excelente trabalho no sentido de melhorar efetivamente o sistema viário da região central da cidade, iniciado pela proibição de circulação de veículos pesados nas principais áreas, inclusive a central”.
Proposta em análise
Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Comunicação da prefeitura informa que o ofício recebido da Acev está sendo objeto de análise e realização de estudos técnicos “que permitirão brevemente um posicionamento final a respeito do assunto”.
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