Marcelo Andrade
Notícia publicada na edição de 06/03/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A
PT de São Paulo defende
candidatura de Ciro Gomes ao governo
Encontro de prefeitos e vices do PT
no Estado de São Paulo discutiu os
planos do partido para as próximas eleições
Foto: Bruno Cecim
O Partido dos Trabalhadores (PT) não desistiu de convencer o ex-ministro do presidente Lula, o deputado federal Ciro Gomes, do PSB, a disputar o governo de São Paulo, numa aliança que pode reunir onze legendas partidárias. Ciro, no entender da alta cúpula do PT, é o único com chances reais de dar um palanque forte para Dilma Rousseff, pré-candidata petista à sua sucessão, no Estado.
Pelo menos dois encontros devem ocorrer ainda este mês entre as lideranças dos dois partidos na tentativa de se chegar a um acordo. Um deles, agendado para o próximo dia 15. As informações foram dadas na manhã de ontem pelo presidente estadual do PT, Edinho Silva, em entrevista exclusiva concedida na manhã de ontem, durante encontro de prefeitos e vices da sigla no Estado, realizado em Votorantim. O evento foi marcado por discursos acalorados à pré-candidata Dilma Rousseff e muitas críticas ao governador José Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (ambos do PSDB).
São Paulo é quase um palanque nacional. A eleição em São Paulo é definida pela disputa nacional. Aqui (no Estado) temos mais de 22% do eleitorado do Brasil. A prioridade é a construção de um campo partidário. Não adianta um palanque da ministra Dilma com dois, três ou cinco partidos. Ele que é paulista, se tiver disposto, evidente que vamos unificar esse campo, disse Edinho e completou: Nós tivemos uma conversa com o Ciro na semana passada. temos tido avanços; A próxima acontece dia 15 e outra no começo de abril. Nós entendemos que no final de março vamos ter um cenário bem definido. Se não tiver essa disposição nós vamos chegar a um nome que sairá de dentro do próprio PT.
Questionado sobre eventual resistência dentro das lideranças do partido, o presidente do PT no Estado de São Paulo, foi taxativo: Existe uma grande unidade partidária. Se ele (Ciro Gomes) aceitar não haverá nenhuma desagregação. Muito pelo contrário, estamos convergidos nessa possibilidade. Agora, temos nomes dentro do partido que já se colocaram à disposição, como o prefeito de Osasco, Emídio de Souza; o senador Aloísio Mercadante; o ministro (da Educação) Fernando Haddad. O fundamental é chegarmos num nome forte o quanto antes, seja do PT ou aliado, ressaltou.
Já em relação à cobrança dos líderes da legenda em São Paulo para que a ministra e pré-candidata à sucessão de Lula esteja mais presente no Estado, Edinho Silva ponderou: A ministra tem tido agenda em São Paulo, mas são agendas institucionais. Queremos agendas para que nós possamos fazer mais articulação política com ela; para que nós também possamos dar uma dinâmica para construção do palanque dela aqui no Estado.
Único pré-candidato declarado ao governo de São Paulo pelo PT presente ao evento, o prefeito de Osasco Emídio de Souza, foi direto quando perguntado sobre o possível apoio da sigla ao nome de Ciro Gomes (PSB): O meu nome está à disposição. Mas se não for e optarem por Ciro, eu serei o militante número um. Outras lideranças consultadas, como o deputado estadual Hamilton Pereira, o prefeito de Porto Feliz, Cláudio Maffei, e o prefeito de Votorantim, Carlos Augusto Pivetta, também não manifestaram apoio ao nome de Ciro Gomes, caso haja consenso entre a cúpula do partido.
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