sexta-feira, 9 de abril de 2010

Com boa seleção, CineCafé aposta em debate após sessões

Juliana Simonetti
Notícia publicada na edição de 09/04/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno B
 
Com uma programação que passa longe (bem longe) dos padrões dos cinemas de shoppings da cidade, começa hoje, na Oficina Cultural Grande Otelo, o projeto CineCafé (que sim, conta com cafezinho após as sessões), do Sesc Sorocaba.

Sob coordenação do cineasta Marcelo Domingues, a programação, que ocorre todas as sextas-feiras até julho, traz excelentes filmes alternativos (ou seja, produções que não têm apelo comercial, mas que agregam muito em termos de conteúdo) como Underground, de Emir Sunika, Dançando no Escuro, de Lars Von Trier, A Cor do Paraíso, de Majid Majidi, e A Vida dos Outros, de Florian Henckel von Donnersmarck, além dos brasileiros Sábado, de Ugo Giorgetti e Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho.
A iniciativa e a seleção (que parte dos filmes disponíveis no acervo do Sesc) agradou Joel Yamaji, cineasta e coordenador de Cinema da USP, que inclusive já confirmou a presença em um dos debates. Bastante importante a iniciativa de investir na construção do olhar de um público cuja demanda vai além do que tem sido oferecido pelos canais oficiais de entretenimento e divulgação de cultura e conhecimento. Parabéns ao Sesc local e ao Marcelo pelo investimento na formação de um novo olhar, comentou o cineasta.

Além de Yamaji, Marcelo Domingues informa que outros profissionais ligados ao cinema serão convidados a coordenar os debates após as exibições. A nossa ideia é de formação de público. Por isso, a importância não apenas da exibição, mas também dos debates posteriores, frisa Domingues.

Outro destaque do projeto é que em todos os encontros haverá exibição de um curta-metragem nacional. Toda programação é gratuita. A Oficina Cultural Grande Otelo fica na Praça Frei Baraúna, s/nº. Mais informações no site www.amplacine.com/sesc_cafe.php.

 
Hoje tem Léolo

 
A noite de exibição de hoje começa com o curta Amor!, dirigido por José Roberto Torero. Logo após, será mostrado o longa Léolo. A história do longa é sobre Léo, garoto de 12 anos que desaprova sua nacionalidade canadense e prefere que o chamem de Léolo, inspirado pelo livro de origem franco-canadense que está lendo. Com direção de Jean Claude Lauzon, a exibição terá 102 minutos. O filme que inaugura o projeto além de uma importante obra para o cinema, é também um filme muito pesquisado na psicologia e psicanálise, observa Domingues.

 
Cinefest terá maior investimento neste ano

Quando o assunto é cinema, um dos projetos de referência na região é, sem dúvida, o Cinefest Votorantim, também coordenado por Marcelo Domingues. Em seis anos de existência, o evento já trouxe àquela cidade nomes como Beto Brant, Kiko Goifman e Carlos Reichenbach. Com a saída de Werinton Kermes da pasta da Secretaria da Cultura de Votorantim, no final do ano passado, a continuidade do projeto foi colocada em xeque.

 
Mas agora está confirmado: o evento terá sua sétima edição neste ano. E o mais legal é que o festival vem ainda mais forte, garante Marcelo Domingues. Segundo ele, o prefeito de Votorantim, Carlos Pivetta, deve fazer um investimento mais pesado do que no ano passado e Werinton Kermes também estará na coordenação do projeto. Não fechamos o contrato, mas está tudo certo. Abriremos as inscrições para que os interessados possam inscrever seus curtas a partir de julho, informou.

Outra novidade, que deve ser implantada ainda neste mês, é o núcleo de vídeo de Votorantim. A ideia é trabalhar com cerca de 60 alunos (jovens estudantes) que serão estimulados a produzir curtas-metragens sobre os mais variados temas. Queremos que esse grupo seja júri em alguma modalidade do festival.

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