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Os jornalistas Werington Kermes e Luciana Lopes estiveram no Jornal da Manhã desta sexta-feira (21) para falar sobre a denúncia anônima feita contra eles ao Ministério Público. De acordo com a denúncia, ambos são acusados de terem se beneficiado de leis de incentivo à cultura para produção do documentário Povo Marcado sem prestar conta do que feito com o dinheiro e nem com que vem sendo feito com o dinheiro da arrecadação.
Kermes explicou que o filme não foi feito pensando em questões financeiras, mas sim para divulgar o trabalho de rádio feito com as detentas de Cadeia Feminina de Votorantim. Para ele, o que levou alguém fazer a denúncia anônima pode estar relacionado com o fato de que ele e Luciana Lopes utilizaram o mesmo nome do trabalho realizado na cadeia, Povo Marcado, para dar o título ao documentário. "O documentário não teve nenhum tipo de apoio financeiro da prefeitura de Votorantim", enfatizou Kermes.
O jornalista ainda alega que não se beneficiou de nenhuma lei de incentivo à cultura para produzir o filme. Luciana Lopes conta que era voluntária no programa de rádio Povo Marcado, na Cadeia Feminina de Votorantim, e aproveitou a oportunidade para documentar o desenvolvimento do projeto. "Eu nunca recebi um centavo da prefeitura (de Votorantim, que patrocinava o programa de rádio na cadeia)". Ela acrescenta que toda a produção do documentário foi bancada com recursos dela e de Kermes. "Até hoje nós não tivemos nenhum retorno financeiro, nenhum prêmio foi com valor monetário, nada em dinheiro".
De acordo com Luciana, se houvesse algum ganho em dinheiro, este seria revertido para as detentas de alguma forma. "Mas infelizmente não deu retorno financeiro, apenas muitos gastos". A jornalista diz ainda que todo o equipamento usado na filmagem foi adquirido com dinheiro deles. "Ele (Kermes) já tem alguns equipamentos e outros foram das produtoras que nós contratamos".
Outra acusação feita ao Ministério Público se refere à um jantar realizado em hotel, no qual estavam presentes advogados, jornalistas, empresários, entre outros. O denunciante anônimo alega que esse jantar foi feito com dinheiro público. A dupla de documentaristas nega a acusação. "Isso foi pago com dinheiro nosso. Eu tenho tudo registrado, faturas de cartão de crédito, notas fiscais, até de estacionamento, tudo guardado num acervo enorme", esclareceu Luciana.
Para Kermes, a denúncia parece querer criar um situação de atrito entre ele e o atual gestão pública de Votorantim, uma vez que ele foi secretário de Cultura da cidade. "Agora, que tem cunho político nisso, tem".
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