Empresas de transporte são notificadas sobre greve

Assembleias aprovam paralisação do transporte público em Sorocaba

Carla de Campos
Agência BOM DIA

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Estausia, discursa na assembleia

Foto: Gilson Hanashiro/Agência BOM DIA

As cinco empresas responsáveis pelo transporte público em Sorocaba, STU (Sorocaba Transportes Urbanos), Reunidas Paulista, Jundiá Transporte, Rosa e São João, além da Votur, encarregada do transporte urbano de Votorantim, foram notificadas segunda-feira sobre a possibilidade de greve dos funcionários.

Por lei, as empresas devem ser comunicadas 72 horas antes da paralisação. Se não houver negociação até sexta-feira, os ônibus podem parar, informa o presidente do Sindicato dos Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, Paulo João Estausia.

Nas duas assembleias realizadas segunda-feira, a decisão pela greve foi unânime. A categoria dos rodoviários reúne 1, 6 mil funcionários, a maioria deles (1,2 mil) motoristas de ônibus.

“Caso não haja nenhuma nova proposta patronal, as assembleias de sexta-feira servirão para definirmos as estratégias e o melhor dia para o início”, explica o presidente Estausia.

Reivindicação é de reajuste salarial

 

Hoje o piso salarial de um motorista de ônibus é de R$ 1.827,50. Com o reajuste proposto pelas empresas, o valor iria para R$ 1.919,75. A proposta do Sindicato dos Rodoviários, diz o presidente, está aberta.

Mas a reivindicação é da reposição da inflação medida pelo IPC-FIPE (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que está em 5,05%, mais aumento real.

Agentes de bordo emperram negociação

Desde 2009, quando houve greve de quase 3 dias, a contratação de agentes de bordo continua polêmica.

Hoje existem 120 profissionais mas o sindicato quer que chegue a 600. O salário é de R$ 645.

“As empresas não aceitam discutir a integração de mais agentes no sistema. Mas nossa proposta é que a contratação seja gradativa, ao longo de dois ou três anos”, afirma Estausia.