Marcelo Roma
Notícia publicada na edição de 29/10/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno A
Foto: Erick Pinheiro
Foto: Erick Pinheiro
Joel Flores Júnior, 29 anos, disse que realizou 'fantasia'
Foto: Erick Pinheiro
Foto: Erick Pinheiro
Delegado Valdemar Latance Neto
Foto: Adival B. Pinto
A farsa de ser policial federal chegou ao fim para Joel Flores Júnior, 29 anos. Ele foi detido por policiais militares no bairro Barra Funda, em Votorantim, nesta quinta-feira (28) de manhã, e apresentado na Delegacia da Polícia Federal. De acordo com o delegado Valdemar Latance Neto, Joel agia na cidade aplicando golpes, obtendo vantagens indevidas e tinha um carro roubado. Latance concedeu entrevista coletiva às 16h30 desta quinta. O acusado está preso por quatro crimes: receptação, adulteração de sinal identificador de veículo, usurpação de função pública e uso de documento falso.
Com Joel, a polícia apreendeu uma réplica de pistola, um par de algemas, uma camiseta com a inscrição “Polícia Federal”, uma falsa carteira funcional e a perua Palio Weekend roubada. Ele dizia que era policial e costumava andar com a arma falsa na cintura. Três vítimas tiveram prejuízo com a farsa de Joel, que abasteceria o carro e levaria mercadorias de uma mercearia, sem pagar.
Segundo o sargento Adriano Argentino, da PM de Votorantim, Joel agia há vários meses. No dia 10 de setembro, o acusado fugiu de uma perseguição policial na rodovia Raposo Tavares, que contou com apoio do helicóptero Águia 18. Joel entrou numa estrada rural do bairro Genebra, abandonou o Vectra que dirigia, também roubado, e conseguiu fugir a pé. A mesma equipe da PM prendeu-o nesta quinta.
Para o delegado da PF, o falso policial pode ter aplicado golpes em mais pessoas de Votorantim ou cidades da região. Eventuais vítimas devem ir à Delegacia da PF, que fica no quilômetro 103,5 da rodovia Raposo Tavares. Conforme Latance, o fato é inusitado. Joel disse logo depois de ser preso que decidiu portar-se como policial para realizar um fantasia erótica da namorada. Ele, no entanto, acabou assumindo o papel no dia a dia.
Não houve confirmação de que o acusado fez ameaça ou apontou a réplica de pistola para alguém. “A camiseta da Polícia Federal apreendida com ele era uma falsificação grosseira”, disse o delegado.
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