domingo, 14 de novembro de 2010

À ESPERA DA DUPLICAÇÃO - O drama de quem mora perto da rodovia e muitos relatos de acidentes e promessas

Wilson Gonçalves Júnior
Notícia publicada na edição de 14/11/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno D

Foto: Erick Pinheiro




Foto: Erick Pinheiro

 
 
Moradores de bairros às margens da rodovia SP-264 nos municípios de Sorocaba, Votorantim e Salto de Pirapora, entre os trechos dos quilômetros 102,5 ao 119,2, sabem de cor quais são os pontos mais perigosos e com maior incidência no número de acidentes. Eles ouvem há décadas que a estrada João Leme dos Santos será duplicada e criticam a lentidão do Governo do Estado de São Paulo. Todos os ouvidos pela reportagem conhecem alguém do bairro onde moram que foram vítimas da pista simples de mão dupla de direção.

O empresário Cláudio Costa, que mora no Condomínio Santa Maria, no km 104, critica a precariedade da rodovia João Leme dos Santos e entre as principais reclamações estão: falta de acostamento, péssima sinalização e má conservação do asfalto. Segundo ele, que sofreu um acidente em 2008, quando seu veículo foi atingido por um caminhão, o fluxo na rodovia aumento consideravelmente nos últimos anos, tendo em vista principalmente a quantidade de empreendimentos imobiliários e a implantação da Ufscar. “A duplicação está atrasada há dez anos e hoje em dia é trânsito em qualquer hora do dia. Somente aqui do Santa Maria são quase 2 mil veículos por dia que usam a rodovia”, pontuou Costa, que por sorte não saiu ferido.

 
Comerciante e morador do Jardim Tatiana (Sorocaba) há 17 anos, Maurício Roberto dos Santos, escuta essa conversa de duplicação há pelo menos uma década. Para ele, inúmeros abaixo-assinados foram realizados pelos moradores, porém nada foi feito até agora. “Tinham que criar um semáforo na frente do Jardim Tatiana, já que o pessoal não tem outra alternativa e precisa se arriscar entre os carros.”

Santos indicou que a travessia se torna impossível nos horários de pico, entre 6h e 8h30 da manhã e das 17h às 18h30 e lembrou-se de pelo menos três acidentes ocorridos nos últimos meses, citando inclusive a morte do pedreiro Ederson ‘Careca’. “O trecho até Salto de Pirapora é um crime”, disparou.

 
Para Pedro Antunes de Moraes, morador há 8 anos do Green Valley (Votorantim), todas as semanas ocorrem acidentes, como colisão entre veículos e atropelamentos. De acordo com ele, a duplicação resolveria o problema, inclusive da falta de retornos existentes na entrada e saída dos bairros. “Não tem como entrar e sair do bairro e isso é perigoso demais”, avisou.

 
Comerciante do Green Valley e morador do Jardim Tatiana, Rafael Laffaiette, utiliza a rodovia todos os dias. Segundo ele, o excesso de caminhões, com a proibição do tráfego deste tipo de veículo pelo centro de Votorantim, complicou o trânsito. Ele acrescentou que seria necessário a construção de um rodoanel no local, para desviar o fluxo de caminhões do km 102,5 até km 110,5, rotatória de acesso a SP-79. “A SP-264 está péssima, zero ponto zero. O número de caminhões aumentou 90%.”

 
O morador do bairro Jardim Elizabete, em Salto de Pirapora, José Januário, criticou o serviço de reparação realizado pelo DER na pista da SP-264, nos últimos anos e faz mais de sete anos que ouve falar sobre a duplicação. Para ele, muitas pessoas de Salto de Pirapora, como seu filho e sua nora, utilizam a João Leme dos Santos todos os dias para trabalhar em Sorocaba. “Aqui em Salto de Pirapora quase todo mundo trabalha em Sorocaba e se arrisca todos os dias na rodovia.”

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