quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pivetta não interfere na eleição da Câmara e prioriza união da base


Matheus Casagrande
Folha de Votorantim

A unidade dos oito vereadores da base governista é a única prioridade definida pelo prefeito Carlos Augusto Pivetta (PT) a respeito da sucessão presidencial na Câmara. Em entrevista que concedeu à Folha de Votorantim em seu gabinete, na tarde de ontem, Pivetta comentou publicamente o assunto pela primeira vez.

Independente se for Marcos Antonio Alves (PT) ou Heber de Almeida Martins (PDT), ou alguém que ainda não se lançou candidato, o “fundamental” para Pivetta é que os situacionistas apresentem apenas uma candidatura. “Nós não podemos depender dos votos do PSDB”, afirma o prefeito.

O chefe do Executivo nega que tenha que intervir na Câmara e diz que apenas indicaria algum nome se fosse chamado pelos vereadores para isso ou no caso de uma ruptura no grupo. “Aí eu tenho a obrigação moral, política, de tentar, de fora, ajudar, porque esse é um processo deles. Não é o Executivo que intervém nesse processo. É um processo do Legislativo.”

Pivetta também elogiou a postura de seu partido de escolher um nome através de votação no diretório municipal, como ocorreu no último sábado (13). “Nada mais justo. O processo está correto. O PT discutiu, indicou um nome. Esse nome agora tem que ser trabalhado com o grupo, que pode aceitar esse nome ou não. E não aceitando, o grupo vai indicar possivelmente outro nome. Mas isso é um processo de negociação que agora o Marcão tem a obrigação de realizar. Ele foi cacifado pelo partido para fazer essa articulação. Ele está legitimado para isso.”

Ainda que de forma branda, Pivetta não deixou de defender que a presidência da Câmara seja do PT, por conta até mesmo de acordo que foi feito na definição da atual Mesa Diretora. Pivetta recorda que havia um pedido do prefeito anterior, Jair Cassola, para que seu companheiro de partido, Pedro Nunes Filho (PDT), fosse o presidente do primeiro biênio (2009-2010). “O PT tinha todas as condições de ter a presidência, porque tinha quatro vereadores. Bastava fazer um acordo com outros dois nomes e teria a presidência”, recorda Pivetta, que, na época, pediu à bancada petista que não lançasse candidatura, o que foi acatado.

Dessa forma, a unidade do grupo político foi mantida, com o PT no cargo de prefeito, PMDB de vice e PDT com a presidência da Câmara. Mas esse acordo tinha uma contrapartida. “O PT abria mão, desde que no segundo período tivesse uma candidatura dele”, diz Pivetta. “Mas isso tem que ser trabalhado com o grupo político”, ele conclui.

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