terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Prática da Oração

Manoel Peres Sobrinho

Disse-me alguém que o cosmonauta russo Yuri Gagarin, quando subiu ao espaço em 22 de abril de 1961, chegando lá, haveria ter exclamado não ter encontrado Deus. Na verdade, Deus não é perceptível somente aos olhos. Tão somente, para ser ver Deus, há necessidade de um outro elemento: é a Fé. E é pela fé que compreendemos o sábio conselho de Henry H. Halley.

"Se antes e depois de cada ato ou decisão importante, elevarmos nosso coração a Deus, pedindo direção, ou forças, ou lhe dando graças, e nunca dissermos nada a ninguém sobre o caso, nem mesmo ao amigo mais intimo, nem ao marido ou a esposa, mas deixarmos o assunto rigorosamente em segredo entre nós e Deus. Se fizermos isto muitas vezes, guardando-o decididamente conosco, não haverá hábito que nos proporcione tanto gozo na vida e tanta força para todas as emergências, como este de atravessar a vida de mãos dadas com o Amigo Todo-Poderoso, em que confiamos e a Quem consultamos acerca de tudo quanto temos de fazer, até nos mínimos pormenores." (

Manual Bíblico).

Esse é um hábito salutar pois, além de sermos muito bem dirigidos, estaremos isentos de tomar decisões apressadas e errôneas que poderemos tomar.

Ocorre-nos curiosamente que às vezes, simplesmente oramos, e logo queremos ver nossas orações acontecendo sem o menor esforço, sem o menor toque de nossas mãos.

Sir Thomas More, pensa de forma diferente, e diz: "Às coisas pelas quais oramos, bom Deus, dai-nos a vossa Graça para trabalharmos por elas."

"A oração, como disse alguém, é a chave nas mãos da fé para abrir o celeiro do céu onde se acham armazenados os ilimitados recursos da Onipotência."

Somos levados pelo pecado a desconfiar de Deus, a torná-lo mentiroso e, consequentemente, a tornar a Bíblia um livro falso. Nesse caso, devemos orar como o fez Santo Agostinho: "Senhor, deixa que o resplendor da tua luz ilumine os recônditos do meu coração."

A nossa vitória está sob os pés do Senhor. A nossa grandeza consiste em permanecermos em oração pois, "nunca o homem é tão grande como quando está de joelhos", disse Blaise Pascal.

Nunca deixe de orar. Ore sempre!!! "Quando você não pode orar como gostaria de fazê-lo, ore como puder" (Golburn).

Ao orar, ore com sinceridade. "Deus não respeita a aritmética de nossas orações – quantas são; nem a sua retórica – quão elegantes são; nem a música de nossas orações – quão melodiosas são; nem a sua lógica – quão metódicas são; mas a

sinceridade com que são feitas – quão calorosas inspiradas elas são" (Walter B. Knight).

Nesse sentido podemos concordar inteiramente com o escritor brasileiro Malba Tahan quando diz: "Em uma alma unida a Deus todos os pensamentos são orações."

Mas a inexperiência nesse terreno pode nos levar a grandes destinos e, "ninguém sabe, na terra, com precisão o que seja buscar a Deus, enquanto não se tiver posto em marcha para achá-lo" (Thomas Merton).

"Na escola da oração, conclui Mileon Z. S. somos muitas vezes alunos indisciplinados , por isso é que nos custa passar de lição."

Assim, "Óh! Deus, nós não sabemos o que é bom para nós. Tu sabes o que é. Por isso oramos" (Fosdick).

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