Fabiano Alcântara
Agência BOM DIA
Black Drawing Chalks, atração do Grito Rock Votorantim
neste sábado, conta segredos sobre celeiro do novo rock
Black Drawing Chalks nos palcos: stoner rock setentista
Divulgação/Verena Mattos
De uns anos para cá, é impossível pensar em música alternativa no Brasil sem que o nome de Goiânia salte como um tigre. Origem da gravadora Monstro e sede de festivais como o Bananada e Goiânia Noise, a cidade convive hoje com o apelido de Rock City e já deixou para trás seu passado musical estritamente sertanejo.
O BOM DIA perguntou o segredo desta transformação para Dênis Dec, baixista do quarteto Black Drawing Chalks - escalado para o Grito Rock deste sábado em Votorantim -, que comprova a boa fase goiana, e ele contou: “Público inquieto, que vai nos shows, elogia, reclama enche o saco e cobra quando acha ruim; casas de show roqueiras, com bons equipamentos e equipe que sabe o que está fazendo, gente que gosta de som alto e o povo bebendo; grandes festivais de rock, reconhecidos na mídia especializada, que fazem a exposição das bandas daqui; mulher bonita a rodo!, afinal tudo tem que ter inspiração”, entusiasma-se.
O baixista ressalta também a importância de se contar com estúdios de gravação para bandas de rock, com profissionais envolvidos no meio “e não um cara qualquer que grava sertanejo ou seja lá o quê”. O Black Drawing avança pelas sendas do stoner rock, uma variação chapada do peso setentista de Black Sabbath e Led Zeppelin e que tem entre seus expoentes bandas californianas como como Kyuss e Queens of The Stone Age.
Com uma turnê inglesa marcada para maio, precedida por uma série de shows pelo Brasil, quando perguntado sobre o que a banda pensa em tazer na bagagem, como experiência, Dênis mostra expectativa. “Acredito que só conseguiremos responder a esta pergunta quando voltarmos, agora só o medo e a apreensão dominam nossos corações... [risos]. Mas, penso eu, que o fato de conseguirmos pescar a atenção do público inglês, que não é uma tarefa facil, e fazer com que eles fiquem para nos ver tocar! Com certeza vai ser uma experiência incrível a ser contada! Afinal, é um público já acostumado com muita coisa, e bem servido de bandas já consagradas”, ressalta.
A estrada, inclusive, é fonte de inspiração para a banda. “Antes, no primeiro CD (“Big Deal”), elas vinham de músicas/bandas que ouvíamos quando crianças e adolescentes. Claro que a receita anterior ainda permanece, mas com a estrada toda a percepção sobre o trabalho muda. Você começa a fazer músicas pensando em como vão ser executadas no palco, e como isso vai soar durante o show”, revela. “Observando apresentações de bandas nacionais e gringas que tocam com agente nesses festivais por aí, conseguimos filtrar muita coisa, que acaba caindo nas nossas músicas. não tem como fugir disso, inclusive é algo que procuramos valorizar nas composições”, completa.
Para Dênis, a cena alternativa hoje é rica e ainda pouco explorada, mas para ele caminha pra um formato de organização, que pode fazer com que isso mude. “Não posso dizer como as bandas devem fazer, mas posso dizer o que o Black Drawing Chalks faz: viajamos muito, tocamos muito em outras regiões e sempre levamos coisas pra vender. Ou seja, alem ter um manager para a banda fechar bons shows, produzimos merchandising da banda, como camisetas, pôsters... sai muito. E quanto mais shows faz, mais possibilidades de vender”, conta o músico.
Programação do Grito Rock Votorantim
Black Drawing Chalks (Goiânia/GO), 20h30
Lisabi (Campinas), 19h30
Hangovers (Porto Alegre/RS), 18h30
INI (Sorocaba) - 18h
Instinto (Votorantim) - 17h30
Os Pontas (Sorocaba), 17h
Lanivus (Londrina/PR), 16h30
Popstar Acid Killers (São Paulo), 16h
Os shows ocorrem na praça Zeca Padeiro. Outras informações pelo Site do Rasgada Coletiva: www.rasgadacoletiva.com.br.

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