Notícia publicada na edição de 14/04/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 007 do caderno A
Promotor Wellington dos Santos Veloso critica decisão do TJ -
Por: ARQUIVO JCS/ADIVAL B. PINTO
O acusado de ser o mandante e ainda de ter participado da chacina que resultou na morte de cinco jovens, crime ocorrido em 2007, Everson Severino da Silva, o Maninho, de 26 anos, não será julgado no tribunal do júri de Votorantim. A defesa do réu conseguiu o desaforamento, junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) e o julgamento vai acontecer, sem data definida, no Fórum de São Roque.
Outro acusado de ter participado do mesmo crime, Jair Martins, o Punk, também foi julgado em São Roque, após de pedido de desaforamento da defesa. Martins foi considerado inocente, absolvição solicitada pela própria acusação, o Ministério Público de Votorantim.
O promotor do caso, Wellington dos Santos Veloso, mais uma vez criticou a decisão do TJ, já que a sociedade votorantinense tinha todo o direito de ver o julgamento acontecer no local onde o crime foi praticado. Por outro lado, ele não acredita que o desaforamento irá prejudicar a produção de provas. "A provas contra ele são robustas e acredito na condenação".
Veloso indicou ainda que a defesa pediu a mudança para o foro de Piedade, mas o TJ determinou que o julgamento aconteça novamente em São Roque.
O advogado criminal José Mario Lacerda de Camargo, nomeado pelo Estado para defender Everson Severino da Silva, o Maninho, disse que o crime teve um clamor público e gerou comoção, por envolver menores de idade e estudantes. Segundo ele, somente estes fatos já poderiam colocar em dúvida a imparcialidade do júri, caso o julgamento fosse realizado em Votorantim.
Camargo citou que sua tese de defesa, para inocentar o réu, será baseada na negativa da autoria, tendo em vista que nenhuma pessoa, inclusive os três sobreviventes, afirmaram que Maninho participou do crime.

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