terça-feira, 12 de abril de 2011

Antonio Beldi é reeleito diretor do Ciesp

Paulo Skaf vai comandar a Fiesp e o Ciesp até 2015

Notícia publicada na edição de 12/04/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 003 do caderno B
 
Por aclamação, foi eleita ontem a diretoria regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A eleição teve chapa única e será mantida a mesma configuração da gestão de 2007 a 2010, tendo Antônio Roberto Beldi como diretor regional, Erly Domingues de Syllos como primeiro vice-diretor e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mário Tanigawa como segundo vice-diretor. A diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também foi eleita ontem com chapa única. Paulo Skaf continua a presidir a entidade representativa das indústrias do Estado.

A regional do Ciesp conta com 363 associados sendo que 182 têm direito à voto. De acordo com o estatuto da entidade, podem participar do processo eleitoral apenas indústrias associadas há mais de 18 meses da data de encerramento da gestão em curso, ou seja, 26 de março do ano passado. Além disto, é necessário que as mensalidades estejam em dia.

Cada gestão trabalha a frente da entidade por quatro anos. Syllos explica que para os próximos anos o Ciesp trabalhará norteado por dois pilares principais: a inovação tecnológica como fator de competitividade e o Plano Estratégico 2020.
Nacionalização de empregos

Os pilares que serão seguidos pela regional do Ciesp estão alinhados com as orientações estaduais dadas via Fiesp. "Com o mercado internacional, como a China, invadindo não só o Brasil, mas o mundo inteiro, a inovação tecnológica deve ser uma preocupação", ponderou o vice-diretor regional do Ciesp, Erly Syllos. Ainda usando a China como exemplo, Syllos lembra que o país asiático é o principal fornecedor de produtos importados para a cidade. Incentivar a inovação como forma de melhorar a competitividade, continua o vice-diretor, é uma forma de fortalecer o setor produtivo nacional.

A meta, continua Syllos, é fazer com que as pequenas, médias e grandes empresas envolvam-se com projetos de inovação e pesquisa como forma de aumentar a competitividade do produto nacional. "O nosso grande trunfo é o Parque Tecnológico que está sendo pilotado pelo Mário (Tanigawa)", diz ele referindo-se ao segundo vice-diretor da entidade, Mário Tanigawa, que é secretário de Desenvolvimento Econômico na cidade.

O segundo pilar de atuação do Ciesp para esta gestão é o Plano Estratégico 2020. Syllos explica que, na prática, o plano contemplará ações locais de curto, médio e longo prazo. "É o pensar globalmente e agir localmente verificando, é claro, as vocações produtivas de toda a região", explica ele.


Descentralizar para desenvolver

 
Durante a primeira gestão do trio a região recebeu R$ 135 milhões em investimentos. Os valores foram distribuídos não só em Sorocaba - que receberá uma segunda escola do Senai - mas também em Tatuí, Votorantim, Itapetininga e outros municípios. O desenvolvimento regional em Sorocaba começou a ser discutido pelo Ciesp em 2008 quando a entidade passou a defender a descentralização das ações. Desde então foram criadas cinco subregionais e as cidades de Tatuí, Itapetininga, Itapeva e Apiaí receberam subsedes. Syllos explica que a ideia é fomentar o desenvolvimento nessas regiões e, para tanto, o conhecimento já adquirido em Sorocaba está sendo aplicado nesses municípios.

 
O Ciesp de Sorocaba é formado por 48 cidades, contando a recém-chegada Porto Feliz. O diretor regional da entidade, Antônio Beldi, lembra que a cidade fazia parte da regional de Indaiatuba e a pedido dos próprios empresários, passou para a regional sorocabana. A principal argumentação foi a proximidade física entre os municípios. O Centro da Indústrias do Estado de São Paulo é dividido em 43 regionais que estão subordinadas à Fiesp. Ambas representam a indústria do Estado, sendo que o Ciesp ocupa-se de questões regionalizadas.
"O Fiesp congrega 123 entidades de classe patronais como a construção civil e a indústria eletroeletrônica", explica Beldi. Ele comenta ainda a existência do Sesi e do Senai, que são chamados de "braços da Fiesp". "Hoje qualquer indústria é obrigada a recolher 1% para o Sesi e 1,5% para o Senai, compulsoriamente. É isto que permite que hoje elas sejam instituições capitalizadas", pondera o diretor regional.

 
Paulo Skaf é reeleito

Paulo Skaf, reeleito no fim da tarde de ontem presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foi reeleito também à noite para o comando do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Skaf recebeu 2.029 votos nas 38 cidades onde foram promovidas votações para o Ciesp, além da capital paulista. Ele concorria em eleição de chapa única e vai presidir a entidade até 2015, quando não poderá mais se eleger para o posto. Ainda não foram contabilizados os votos em branco e nulos e as ausência nas eleições.
Mais cedo, Skaf havia sido reeleito na Fiesp por 121 dos 125 votos dos sindicatos patronais que compõem a entidade.

O presidente das duas entidades agradeceu os votos e a renovação da confiança da indústria paulista em seu nome. Skaf, que é filiado ao PSB e concorreu ao governo paulista em 2010, disse que sua prioridade no momento é a indústria. "Eu tenho uma filiação partidária, mas não estou militando", afirmou. "Neste momento, irei me dedicar às minhas atividades à frente da Fiesp e do Ciesp. O futuro a Deus pertence", disse. Skaf ressaltou que continuará a manter uma relação próxima com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, mas com independência.

O dirigente discorreu também sobre a viagem da presidente Dilma Rousseff à China e foi enfático nos comentários. "Espero que não haja, em hipótese nenhuma, qualquer declaração com relação ao reconhecimento da China como economia de mercado", afirmou. Ele criticou o atual perfil das exportações à China, em sua maioria composta por minério de ferro e soja, enquanto os produtos chineses que chegam ao Brasil são em grande parte manufaturados.

"Não é uma relação boa para o Brasil, tem de haver mais equilíbrio na balança comercial", disse. "Precisamos dar uma enquadrada nas relações com a China e fazer valer todas as imposições que eles fazem em relação aos nossos investimentos, além de impedir práticas ilegais e desleais, como a vinda de produtos piratas e dumping", ressaltou.

 
Com Anne Warth (AE)

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