Matheus Casagrande
Folha de Votorantim
Sexta-feira (01/04) foi, possivelmente, o ápice da existência do Pró-Mulher, desde quando a entidade ainda estava no plano das ideias, há mais de três anos. Em uma cerimônia que teve a participação do prefeito, vereadores, demais autoridades e lideranças, a entidade inaugurou o seu centro de acolhimento.
No local, uma casa localizada na rua Miguel Dias, no centro, passará a ser realizado também os demais atendimentos da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que envolve acompanhamento psicológico e social e assistência na parte jurídica.
Na cerimônia, houve discursos da presidente da entidade, Aline Cristina Tittoto, advogada, integrante da Comissão de Terceiro Setor da subsecção de Votorantim da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da delegada Adriana de Sousa Pinto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e do prefeito Carlos Pivetta, além de apresentação do ventríloquo Antonio Carlos e seu boneco Zequinha, que soube trabalhar um assunto sério com muito bom humor.
Presente na cerimônia, padre Paulo Roberto Gonzales, pároco da Paróquia de São João Batista e Imaculada Conceição, foi diversas vezes lembrado pelo apoio que deu ao grupo desde o início e por ser um dos grandes articuladores da causa. As primeiras reuniões da entidade eram realizadas no salão paroquial. A primeira sede da entidade, onde eram realizados os atendimentos antes da inauguração da casa-abrigo, funcionava em um imóvel cedido pelo pároco. Posteriormente, padre Paulo agradeceu a todos e parabenizou os envolvidos.
A capacidade de acolhimento da casa ainda será delimitada, mas estima-se que seja para sete pessoas. O abrigo será destinado a mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar que vivem sob risco. A casa está preparada para abrigar também os filhos. Por conta da relação entre demanda e capacidade da sede, o acolhimento será provisório, até a emissão da medida protetiva, o que leva, no máximo, quatro dias.
“A violência contra a mulher está mais próxima do que podemos imaginar. Ela precisa ser combatida”, disse a presidente da OSCIP em trecho de seu discurso. “O ideal é que esta casa não fosse necessária, mas tenho certeza que ela vai ser bastante utilizada”, disse a delegada titular da DDM, Adriana de Sousa Pinto.
O prefeito Pivetta recordou de quando propôs a criação de um centro de acolhimento a mulheres vítimas de agressão, quando era vereador, em 1989. “O apoio que a prefeitura dá é compensatório, pois este é um trabalho que evita tragédias e salva vidas.”
O convênio entre OSCIP e prefeitura prevê a destinação de pouco mais de R$ 5 mil, que é a soma da locação da casa mais R$ 3,5 mil para as despesas. “Ainda vamos continuar realizando eventos para arrecadar recursos, pois isso será necessário”, observou Aline.
A assistência jurídica será realizada através de parceria com a OAB de Votorantim, que esteve representado pela vice-presidente, Vera Munhoz, pelo presidente da Comissão de Terceiro Setor, Vanderlei Silva, e pela própria Adriana Tittoto.
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