quarta-feira, 18 de maio de 2011

Para quem foi, tudo já mudou

Notícia publicada na edição de 18/05/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 012 do caderno A
Regina Helena Santos
Danieli Priscila Correa recebeu convites de universidades americanas para estudar lá - Por: ADIVAL B. PINTO



Em apenas um mês, todos os sonhos, perspectivas de futuro e planos da jovem Danieli Priscila Correa, de 18 anos, se transformaram. Moradora de Votorantim e na época estudante do último semestre do curso de Informática na Escola Técnica Estadual (Etec) daquela cidade, ela foi contemplada, no final do ano passado, com um intercâmbio para os Estados Unidos. Embarcou para Chicago em fevereiro, onde permaneceu por um mês participando de um curso intensivo de inglês bancado pelo Centro Paula Souza, órgão do governo estadual que mantém a escola.

Danieli lembra que se inscreveu no projeto por curiosidade e sem muita expectativa. "Minha mãe não queria que eu fosse. Mas meu pai, que já foi uma vez por causa do trabalho, me incentivou". O desempenho escolar exemplar da aluna foi fator determinante para que ganhasse o presente, que incluiu a passagem aérea, o curso, a estadia com café da manhã e jantar na casa de americanos, vale transporte para circular pela cidade sem pagar nada e US$ 100 por semana para auxílio em alimentação. "Gastei só para tirar o passaporte e o visto", relembra. A garota assume que já havia pensado em viajar para fora do país, mas imaginava que isso só poderia acontecer um dia com algumas condições: arranjar um emprego e juntar muito dinheiro. "Hoje, sei que é possível. Já faz parte dos meus planos fazer uma faculdade de Ciências da Computação e me especializar no exterior. Isso nem passava pela minha cabeça antes de ir", planeja. O impulso para isso são amigos que fez na cidade americana e a comprovação de que é possível. "Hoje eu sei que não é uma utopia".

Danieli adora contar em detalhes as experiências que viveu durante o mês que passou fora do país, pela primeira vez sozinha. Tudo foi novo: o voo de avião, a passagem pela alfândega americana - "fui a sorteada para ir para a salinha fechada e revistarem minha bagagem", diz, com um sorrido no rosto - a administração do dinheiro para a comida, a necessidade de se alimentar com aquilo que a família oferecia e o convívio com intercambistas coreanos, franceses e até árabes. O inglês - objetivo principal da viagem - foi bastante aprimorado. "Tinha apenas um curso básico. Minha audição melhorou muito". E Danieli sabe que essa fluência agora faz toda a diferença no seu currículo. Orgulhosa, diz que foi surpreendida com dois convites de universidades americanas para estudar por lá, recebidos pelo Correio quando ela já estava de volta. "Mas são US$ 16 mil por ano. Agora não vai dar, pelo menos por enquanto", diz, com esperança.

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