Pesquisa eleitoral utiliza telefone da Câmara

Notícia publicada na edição de 21/06/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 5 do caderno A

A Mesa Diretora da Câmara de Votorantim abriu sindicância para apurar denúncias de uso indevido do telefone do Legislativo. As acusações - recebidas na última quinta-feira - referem-se a pesquisas eleitorais feitas por meio de ligações originadas na própria Casa de Leis. A Câmara confirma a veracidade das denúncias, mas diz não saber de qual ou quais gabinetes partiram as ligações, nem se pertencem a vereadores da base ou da oposição. O caso já foi encaminhado à Procuradoria Jurídica da Câmara.

 

As declarações foram feitas por meio de vários telefonemas e de uma carta escrita de próprio punho, com identificação completa, horário das ligações, assinatura e contatos de uma munícipe, que teve sua identidade preservada. De acordo com as denúncias, nas ligações eram abordados questionamentos a respeito do desempenho do atual governo de Votorantim e a opinião sobre a preferência de vereador e também de prefeito.

 

A carta narra que a ligação foi feita por meio de um interlocutor, que não se identificou nem informou a origem do telefonema. Entretanto, a declarante resolveu checar as informações e constatou pelo identificador de chamadas o número do telefone; ao retornar a ligação verificou que a chamada foi efetuada da Câmara Municipal.

 

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, a Mesa Diretora solicitou uma abertura de sindicância para a apuração do caso na mesma data em que tomou conhecimento dos fatos. Os documentos e os relatórios do tarifador foram encaminhados à Procuradoria Jurídica da Câmara para que as análises sejam realizadas e que sejam tomadas as providências legais e cabíveis.

O presidente da Câmara, Marcos Antonio Alves (PT), afirma que o Legislativo irá prestar contas à população, assim que forem confirmadas as origens das ligações e participação das pessoas envolvidas. "Mesmo que as ligações tenham sido feitas por vereador da base aliada, o que não podemos deixar é que ocorra a obtenção de benefício próprio por meio de recursos públicos", destacou.