Num evento tradicional como a 96ª Festa Junina Beneficente de Votorantim não poderia faltar seus principais personagens, os voluntários que aos longos dos anos contribuíram e continuam escrevendo a história daquela que é considerada a maior do Estado de São Paulo no gênero. São pessoas anônimas aos olhos das milhares de pessoas que passam pelo recinto diariamente, mas de suma importância para as entidades que representam.
Organizada pela Comissão Municipal de Assistência Social (Comas) com apoio da Prefeitura de Votorantim, o principal objetivo da festividade é fazer com que as entidades beneficentes angariem recursos. Ao todo são 24 que participam anualmente e em cada uma delas seus integrantes carregam momentos marcantes desta longa história. O prefeito Carlos Augusto Pivetta destaca que além da importância desses voluntários eles fazem parte desta cultura da cidade.
"Quando comecei, as barracas eram enormes, fazíamos nela até quarto para as crianças dormirem", conta Dirce Tonche, 73 anos e que há 47 é voluntária. "Todo o alimento era feito dentro da própria barraca desde a massa de pastel", lembra. Dirce conta ter passado por várias entidades e atualmente auxilia os trabalhos no Grupo Viver 3ª Idade. Ela conta não ter parado um ano sequer, pois a cada ano foi renovando as forças para o próximo.
Quem nunca ouviu falar também do casal Wilma e Ivo Galli, do Lions Clube, que há mais de 46 anos, atua na festa junina. São muitas as histórias e como a própria dona Wilma descreve a "sensação é muito gratificante". Nem essas noites frias de mês de junho são capaz de impedi-la de comparecer à barraca, onde ajuda a cortar os pães para os lanches e acompanhamentos das sopas.
Aos 69 anos, Marilu Massa Fortes conta com muito orgulho sua trajetória como voluntária no decorrer da festa. Ela conta que começou a trabalhar há mais de trinta anos, na época Associação da Votocel. "Foi logo quando a festa mudou para esse local onde hoje é a praça", conta. Ela lembra ainda que na época havia leilão, cuscuz, além do correio elegante. "Era muito gostoso, maravilhoso", destaca.
Dona Maria Luiza Gonçalves, 64 anos, seguiu o mesmo passo da mãe Antônia Mendes Gonçalves e hoje está a frente da entidade Clube de Mães, que entre uma de suas funções é coordenar o trabalho da farmácia comunitária, que funciona nas dependências da Paróquia São João Batista e Imaculada Conceição. Há mais de trinta anos trabalhando na festa junina, conta que é uma importante fonte para arrecadar recursos para a entidade, que tem com o destino a compra de material para que possam ser desenvolvidos trabalhos com as mães.
É percorrendo o recinto um pouco mais da festa junina que se encontra várias histórias, como a de dona Santina Scudeler Lopes, 68 anos. Ela conta que juntamente como o marido, começara a fazer a sopa de celoba, hoje um dos principais pratos da festa e oferecida pela Comissão Municipal de Assistência Social (Comas). Sem saber precisar a data, ela conta que na época o produto foi oferecido pela Obra Social Santa Helena.
Outro prato bem tradicional do festejo é a sopa de mandioca da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Sua fundadora, Clara Inês Del Moral, 67 anos, conta que esse trabalho voluntário é feito com muito amor e carinho a cada ano. Ela disse ainda que para o preparo da sopa o serviço começa logo de manhã com o preparo da mandioca, onde são 200 quilos diários para ser servida em sopa ou frita.
Dona Clara Inês começou a trabalhar na festa junina em 1975, ficou a frente da Comas, que introduziu o prato sendo nos dias de hoje um dos principais a ser saboreado pelos milhares de visitante que passam diariamente pelo recinto.
Prefeitura de Votorantim – Secretaria de Comunicação (SECOM)



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