Notícia publicada na edição de 05/07/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 006 do caderno A
Adriane Mendes
A Polícia Civil de Votorantim aguarda para esta semana a liberação do sigilo telefônico do celular da doméstica Anézia de Souza, 42 anos, assassinada na noite de 12 de junho, ao deixar o recinto da Festa Junina da cidade, realizada na praça Lecy de Campos, no centro da cidade.
De acordo com o escrivão Alex Eduardo, que tem ouvido as pessoas ligadas à vítima, a expectativa é de que a Justiça libere, ainda nesta semana, o sigilo telefônico do aparelho celular usado por Anézia no dia em que desapareceu. Ela teria recebido uma ligação quando ainda estava na festa, onde permaneceu sozinha - os filhos foram embora antes - para assistir a um show. Além da espera da quebra do sigilo, previsto para amanhã, a polícia também aguarda pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML), que irá confirmar se a doméstica sofreu ou não violência sexual. De acordo com o escrivão, o maior número de informações ajudará a polícia a seguir uma linha de investigação, como por exemplo se a causa do crime foi passional. Mas até agora nenhuma possibilidade está descartada.
A partir de hoje também começam os depoimentos de pessoas ligadas à Anézia, que não são suas parentes. A média de depoimentos, segundo o escrivão, tem sido de três por dia, com duração média de três horas cada.
O corpo de Anézia foi encontrado num matagal do bairro da Chave no último dia 27 e, embora estivesse vestido, não portava as peças íntimas, o que leva à suspeita de violência sexual.
Na ocasisão do desparecimento, o caso estava sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Votorantim, mas com a localização do corpo e o registro do homicídio, desde o dia 28 a investigação passou para a Delegacia Central, sob o comando do delegado titular do município, Carlos Augusto Marinho Martins. A polícia pede para quem souber de alguma coisa, para ligar no Disque-Denúncia 181, sem necessidade de se identificar.
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