terça-feira, 12 de julho de 2011

Votorantim: “Acusação foi uma surpresa”, afirma Fabíola

Ipanema online

Marianna Barreto / Portal Ipanema


A vereadora da cidade de Votorantim, Fabíola Alves da Silva Pedrico (PSDB), participou nesta terça-feira (12) de uma entrevista no Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan para repercutir as acusações de que seus assessores teriam realizados pesquisas eleitorais utilizando o telefone da Câmara.

“Fiquei sabendo das acusações pela própria imprensa, foi uma surpresa para mim”, afirmou a vereadora. No dia 18 de junho foi publicado na imprensa uma denuncia de uma funcionária da Câmara que afirmou ter recebido uma ligação para realizar uma pesquisa eleitoral.

Segundo Fabíola, uma sindicância foi aberta pelo presidente da Câmara, vereador Marcos Antonio Alves (PT), no dia 17 e no mesmo dia os vereadores já teriam recebido a lista com as ligações realizadas a partir de seu gabinete. “Só fui notificada no dia 21 [...] Naquela semana estive ausente da Câmara por problemas de saúde, mas logo que tive acesso a notificação, pedi um relatório completo das atividades dos meus assessores”.

De acordo com a vereadora, pesquisas via telefone com munícipes fazem parte da rotina dos assessores. “Eles ligam para perguntar como qual a necessidade daquele bairro. Minha votação não foi concentrada em uma região da cidade, então trabalho na cidade toda”, afirmou. “Esse trabalho é feito para ter uma proximidade com o munícipe. Todo final de semestre esse trabalho é intensificado para planejar o semestre seguinte”.

Fabíola afirmou que existem cartas de munícipes dizendo que receberam essas ligações e que, se necessário, eles estariam dispostos a depor sobre o conteúdo dos telefonemas. “Em nenhum momento teve conotação de pesquisa eleitoral no trabalho de rotina desenvolvido pela minha assessoria”, frisou.

“Se eu não puder usar o telefone para ligar e saber o que o munícipe pensa a respeito das necessidades e os anseios dele, eu nem preciso de telefone no meu gabinete. Eu entendo que o telefone realmente é para este contato”.

Excesso – Fabíola afirmou que, além da acusação de realizar pesquisa eleitoral utilizando o telefone da Câmara, o vereador Marcos também a acusa de cometer excessos no número de ligações.

“Não existe limite algum [de ligações]. [...] Se você pegar a média das ligações houve um pouco de excesso porque nesse mês o meu carro [...] ficou 45 dias parado [...]. Então houve um pouco mais de ligações [...]. O valor dessas ligações deu um total de R$ 8,00, R$ 0,04 por ligação”, afirmou.

Eleições 2012 – Segundo a vereadora, ela não será candidata a prefeita nas próximas eleições municipais. “Ainda está um pouco cedo, [...] eu estou iniciando agora, é o meu primeiro mandato e eu não esperava que iria ter toda essa repercussão e aceitação”.

Fabíola afirmou que seu pai, o professor e ex-prefeito de Votorantim, Erinaldo Alves da Silva, é um nome forte para uma possível candidatura. “Ele tem uma aceitação muito grande e um prestígio inegável em Votorantim frente a todo o trabalho que ele fez”, afirmou.

Críticas – A vereadora do PSDB fez críticas aos outros vereadores da situação e ao prefeito Carlos Pivetta. “A gente tenta passar os projetos, mas eles são barrados. Os nossos, da oposição, são barrados já nas comissões porque as principais, que são a de Justiça e Finanças, são formadas por membros da situação”, afirmou. Segundo Fabíola, os projetos são constitucionais e, mesmo assim, não passam. “Essa legislatura esta bem difícil de passar projetos”, afirmou.


Para Fabíola a administração do prefeito Pivetta, do PT, tem deixado a desejar. “Eu ouvi ele falar que estava insatisfeito com os recursos do Estado, mas o que eu tenho a dizer é que todas as obras de maior realce do governo dele são todas provenientes de verbas do Estado”.


Segundo a vereadora, 80% da verba para os recapeamentos que estão acontecendo nas ruas de Votorantim são provenientes do governo do Estado. “Acho que poderia ser feito muito mais. A administração ficou nessa de planejamento, planejamento, planejamento e a gente não vê nada de concreto sendo feito”.

Ouça a entrevista:

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