sexta-feira, 30 de setembro de 2011

BANCÁRIOS - Greve tem adesão de 51% na região

Notícia publicada na edição de 30/09/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno B
Carolina Santana
Em Sorocaba das 84 unidades bancárias existentes, 52 não abriram as portas ontem
Dos 4.800 bancários que trabalham na região, 2.451 aderiram à greve que entra hoje em seu quarto dia. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, Júlio Cesar Machado, são 51% dos trabalhadores de braços cruzados e 111 agências fechadas. Em Sorocaba das 84 unidades bancárias existentes, 52 não abriram as portas ontem. "O crescimento rápido do movimento mostra a insatisfação do bancário que não tem qualidade no trabalho e sofre com a precarização", comenta Machado. Ele argumenta que no ano passado, em todo o Brasil, o movimento grevista terminou depois de 15 dias de paralisação com 8.191 agências fechadas em todo o País. "Neste ano, com três dias alcançamos a adesão de 6.500 agências", diz ele.

Na tarde de ontem o comando de negociação dos trabalhadores fez uma reunião em São Paulo para avaliar a greve. Em Itapetininga, com exceção do Bradesco, todas as agências fecharam. "Em Itu e em Salto também estão acontecendo a ficar sufocante com poucas agências abertas", comentou o presidente da entidade. Na pauta geral da Campanha Nacional, os bancários, entre outras coisas, reivindicam reajuste Salarial 12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%); PLR três salários mais R$ 4,5 mil; piso - salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51).

Mais da metade dos metalúrgicos fecharam acordo
Com 35 acordos salariais fechados pouco mais da metade dos metalúrgicos da região já têm o reajuste definido. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (Smetal), os acordos englobam 23 mil dos 44 mil trabalhadores da categoria. As greves na ZF e na Dana foram finalizadas e os trabalhadores do grupo Schaeffler aceitaram a proposta de reajuste de 10% mais um abono de R$ 1.500 para todos os funcionários que foi apresentada para os trabalhadores no início do terceiro turno de quarta-feira. Para os próximos dias, a entidade espera que novas assembleias de aprovação sejam realizadas. Entre as empresas que ainda não fecharam acordo estão a Flextronics, YKK. Bardella e Jaraguá.

Greve nos Correios perde força em Sorocaba 

Funcionários dos Correios estão voltando ao trabalho por medo das ameaças feitas pelo governo - Por: Adival B. Pinto


Culpando a imprensa por falta de divulgação da causa dos trabalhadores dos Correios, o diretor da Zona Postal de Sorocaba, subsede do sindicato, Gilmar Gomes da Silva, diz que a greve chegou a ter 65% de adesão mas perdeu forças nos últimos dias. Segundo ele, os funcionários estão voltando ao trabalho por medo das ameaças feitas pelo Ministério da Comunicação de descontar os dias parados. "A gente não assedia ninguém. A coisa é democrática e só participa quem realmente quer", afirmou Silva.

Em Sorocaba e Votorantim são 300 funcionários. "É muito pouco, um carteiro anda de cinco a seis horas por dia. Tem problemas de coluna, tendinite e nos pés. Já entrei com uma uma representação no Ministério Público contra isso", lamentou Silva. Para ele, a categoria teria que ter pelo menos mais 100 trabalhadores para atender essas duas cidades.

Uma nova reunião foi realizada ontem entre os Correios e o comando da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). Em nota oficial colocada em seu site, os Correios diz ter proposto aumento linear de R$ 80 a todos os empregados, reajuste salarial e dos benefícios em 6,87% e abono imediato de R$ 500. O reajuste representa 9,9% de ganho real no salário base inicial de agente de Correios.

Os Correios propuseram ainda o parcelamento do desconto dos dias parados, na proporção de um dia de greve por mês. A proposta está condicionada à aprovação nas assembléias dos trabalhadores e à assinatura do acordo coletivo 2011/2012.

Categoria não aceita desconto dos dias
A posição do comando de greve é pela rejeição da proposta, segundo nota divulgada no site da federação dos trabalhadores. Essa orientação será encaminhada às assembléias que serão realizadas nesta sexta-feira, em todo o país. A rejeição da proposta está atrelada à pretensão do Ministério das Comunicações de descontar os dias parados. "Esse item é claramente uma punição e não aceitamos isso", diz o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.

A greve dos funcionários dos Correios segue por tempo indeterminado. A paralisação iniciou no dia 14 de setembro e chega, nesta sexta-feira, ao seu 17º dia. O comando de greve promete novas mobilizações e agora centra força na caravana nacional programada para a terça-feira, dia 4 de outubro.

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