Folha de Votorantim
Uma semana após o início da greve dos bancários, a adesão ao movimento segue no mesmo ritmo em Votorantim. Só o banco Bradesco não aderiu à mobilização, segundo balanço do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, que abrange 40 municípios. Segundo o sindicato, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não apresentou uma proposta.
Até a última sexta-feira (30), aderiram à greve 117 agentes bancários, de um total de 127 que trabalham na cidade. Hoje, o cenário é outro. As nove agências estão com pelo menos um atendente para auxiliar os votorantinenses.
A categoria está em greve desde 27 de setembro, após rejeitar proposta de aumento real de 0,56%. Para o aposentado João de Biasio Moreno, 59, a greve beneficia cliente e colaborador bancário, mas, no entanto, atrapalha o consumidor que procura informação. “Eu, por exemplo, não consigo sacar minha aposentadoria desde terça (04). Não tenho a quem recorrer”, lamenta Moreno, dizendo que a atendente só ajuda no caixa eletrônico.
De acordo com a diretora do Sindicato, Maria Aparecida Cassettari, que estava na frente do banco HSBC, desde segunda-feira (3), um atendente está auxiliando as pessoas que têm dúvidas corriqueiras. “Não podemos parar 100% as agências bancárias, pelo menos um colaborador é necessário para atender a demanda dos clientes.” Além de Maria Aparecida, outros cincos sindicalistas estavam acompanhando na porta dos bancos o movimento grevista.
O presidente da categoria, Julio Cesar Machado, o Sindicato dos Bancários avisa a toda a população que, em tempo de greve, os serviços bancários poderão ser feitos nos caixas eletrônicos de qualquer banco, em qualquer lugar, ou nos correspondentes bancários (lotéricas e estabelecimentos comerciais credenciados) ou mesmo na internet.
Greve nos Correios sem um ponto final
Os sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul rejeitaram a proposta acertada na última terça-feira, 4, entre a estatal e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). Com isso, a greve dos funcionários dos Correios deve continuar em todo o país.
Embora outras assembleias estivessem para ser realizadas em outros estados ainda ontem, o movimento grevista, que já dura 20 dias, deve continuar até que o dissídio da categoria seja julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), conforme reconheceu o próprio presidente da Fentect, José Rivaldo da Silva.
A reportagem entrou em contato com o diretor da regional do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect), Gilmar Gomes, para que ele desse informações locais sobre o movimento. Porém ele estava ainda em São Paulo até o fechamento desta edição.
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