segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Novas casas populares poderão ser de PVC

Folha de Votorantim
Valdinei Queiroz


Vice-prefeito e presidente da Cohap se reuniram com empresa do ramo




O vice-prefeito de Votorantim, Marcos Mâncio (PMDB) disse na sexta-feira (18), durante encontro com o diretor-presidente da Royal do Brasil Technologies, Carlos Torres, que o município tem interesse em firmar parceria com a empresa para construir casas de policloreto de vinila (PVC).
Desenvolvido por perfis leves e modulares de PVC, de simples adapte, o sistema construtivo é preenchido com concreto e aço, resultando em um produto de elevada resistência, segundo informações da empresa. No Canadá, país de origem, o sistema é conhecido como "Casa de PVC". "O custo final das moradias de PVC é menor que o de uma casa edificada com materiais tradicionais", afirma Torres.
O sistema prevê menor consumo de água, maior durabilidade, imunidade a fungos e bactérias, facilidade de limpeza e conservação, baixo custo de manutenção. Outro argumento mantido pelo empresário é a possibilidade de geração de mais empregos no município. "Não é necessária mão-de-obra especializada para a construção", ele destaca.
A nova tecnologia também pode ser utilizada na construção de hospitais, creches, escolas, centros comunitários e galpões, entre outros modelos de imóveis mais complexos.

Referência
Após conhecer pessoalmente há dois meses as residências em São Luiz do Paraitinga que foram construídas com PVC, a Companhia Municipal de Habitação Popular (Cohap) de Votorantim ficou interessada no sistema de construção. "A ideia é que as próximas casas do programa "Minha Casa Minha Vida" sejam feitas com PVC", explica o presidente da Cohap, Jaime Augusto Rangel Filho.
"Eu estou convencido de que esta alternativa é muito boa. O prefeito Pivetta também está", disse Rangel na tarde de ontem, pouco depois da reunião.
Embora o governo municipal demonstre bastante entusiasmo com esta possibilidade, o acordo entre prefeitura e empresa depende de um estudo rigoroso, tanto na parte técnica quanto na financeira.

Futuro na área da construção
Para o presidente da Cohap, o PVC é o futuro na área da construção. Partindo desse princípio, ele comenta que a tecnologia vem para ficar. "Sendo um sistema construtivo barato e duradouro, as chances de permanecer no mercado são grandes", destaca.
Segundo Rangel, a expectativa é que a Casa de PVC reduza em 40% o valor em relação a uma construção normal. "Essa foi uma das metas da Cohap junto ao prefeito Carlos Pivetta (PT), construir as casas com custo baixo, mas sem perder a qualidade final", fala.
Além do baixo custo, Rangel enfatiza a rapidez na construção e a adaptação em condições geográficas pouco favoráveis para uma construção de alvenaria convencional.
Tiago Ferrari, arquiteto da Royal do Brasil, disse que o combate ao déficit habitacional tem estimulado o uso de novos sistemas  de construção. "A casa de PVC é uma das tecnologias que une velocidade para execução da obra e baixo custo", destaca ele, dizendo que o sistema está presente em 11 estados do Brasil.

Minha Casa, Minha Vida
A partir da informação de que a prefeitura celebrou recentemente convênio com o governo federal para a construção de 900 moradias para a população de baixa renda, o presidente da Cohap foi questionado se as residências deste pacote terão essa nova tecnologia. "Por enquanto, não será utilizado esse sistema no programa. Ainda não há nada fechado", assegura Rangel.

Outras possibilidades
Rangel demonstrou interesse até mesmo em articular pela vinda de uma indústria deste material para Votorantim - pois, além de a única fábrica deste produto ficar no Rio Grande do Sul, o diretor-presidente da empresa mencionou durante a reunião, que tem interesse em instalar uma planta em São Paulo.
Durante a reunião, Torres comentou que Votorantim é uma das cidades brasileiras mais importantes na fabricação de cimento e, por este motivo, é possível ser criada uma fábrica voltada à produção de concreto de PVC. "Com uma empresa especializada e experiente em cimento, fica mais fácil que a nova tecnologia seja desenvolvida no município."

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