Bombeiros e Samu prestaram atendimento imediato (Foto: Fernando Rezende)
Um homem caiu ontem de uma altura de cerca de 100 metros em uma ribanceira na Serra de São Francisco, próxima da barragem da represa de Itupararanga, em Votorantim. Segundo informações preliminares, a vítima, que se identificou como Estêvão, 48 anos, morador do Granja Olga, teve politraumatismos em diversas partes do corpo. Foi socorrido consciente, mas muito machucado.
A área é muito afastada e pertence à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Há muitas pedras e uma bela cachoeira nas proximidades do local onde aconteceu o acidente. Operários da empresa Geosonda, que presta serviços para o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba, trabalham no local em uma obra de tubulações. A vítima estaria praticando "trekking", uma espécie de enduro a pé por regiões montanhosas, e trazia consigo uma bolsa e um “steake”, bastão específico para caminhadas do tipo.
Entretanto, o local é de propriedade particular e a entrada é proibida. Os operários da obra disseram que não sabem como ele entrou por lá. E o mais grave é que eles afirmaram que diariamente aparecem “intrusos” para praticar esportes no local sem autorização.
Enquanto caminhava pelas pedras, já a mais ou menos 50 metros de profundidade do lugar onde estavam os trabalhadores, Estêvão tropeçou e rolou por cerca de 100 metros ribanceira abaixo, em mata fechada, local de acesso muitíssimo complicado. Para sua sorte, no momento da queda, alguns operários estavam no ponto mais alto de um andaime, único lugar de onde era possível visualizar sua localização. Ao ver o acidente, eles acionaram os bombeiros.
Uma estrada estreita e de terra, no interior da CBA, leva até o local da queda. Mesmo assim, equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) conseguiram chegar a tempo de salvá-lo. O helicóptero Águia da Polícia Militar foi acionado, já que o ponto exato onde ficou a vítima era muito baixo.
Ao conseguir chegar até a vítima, bombeiros e profissionais do Samu prestaram os primeiros socorros. Eles o imobilizaram em uma maca - foram necessários oito bombeiros para subir o homem. Uma médica, identificada apenas como dra. Irma, deu todo o suporte para o resgate.
De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, além de o local ser de acesso proibido, qualquer atividade esportiva do gênero deve ser feita sempre acompanhada de pelo menos mais duas pessoas, e também avisar alguém de casa aonde vai. Se os operários não o vissem e pedissem socorro, provavelmente Estêvão não teria sido encontrado, dada a localização complicada de sua queda.
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