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Idosa vendia atestados médicos falsos e responderá em liberdade; outra vendia entorpecentes e foi presa
A polícia civil flagrou idosas vendendo entorpecentes e atestados médicos falsos, em Sorocaba e Votorantim. Uma foi presa, a outra responderá em liberdade.
Em Votorantim, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) deteve a aposentada Vera Lúcia Alves de Souza, 58 anos, pelo crime de falsificação de documento público e falsidade ideológica. A idosa vendia atestados médicos em um ponto de ônibus na rua Renato Araújo, Vila Irineu. Ela foi surpreendida com carimbos de médicos, receitas falsas de unidades básicas de saúde e 11 atestados, já preenchidos, de “clientes”, todos funcionários de uma mesma empresa. “Ela sentava no banco do ponto de ônibus, com uma sacola roxa cheia de atestados em branco e carimbos dentro. Os compradores procuravam por ela, chegavam ali e retiravam o documento na hora”, diz o delegado Acácio Leite.
Na casa onde mora, nos fundos de uma pensão, a polícia encontrou três celulares, blocos de atestados médicos em branco e bilhetes manuscritos com a seguinte promoção: “compre um atestado por R$ 50 e ganhe três. Favor ligar antes, das 12 às 20h. Não faço fiado.”
Conhecida como “Dona Vera” no bairro, ninguém sabia o trabalho ilegal que exercia. “Sempre espero ônibus aqui e nunca vi essa senhora”, disse a estudante Ana Oliveira.
Nice Pereira, dona da pensão em que Vera mora, na Vila Irineu, afirma que nunca nem suspeitou da hóspede. “A Vera tem falta de ar e muitas vezes não almoça. Eu levo comida para ela, eventualmente. Desconfio que entrou no esquema de algum ‘peixão’”, diz. “Fiquei com pena e deixei ela ficar, mesmo depois do que aconteceu aqui. A filha não quis levá-la. Ela chorou muito e implorou para ficar”, completa.
Segundo Nice, “um batalhão” de policiais entrou em sua pensão com um mandado de busca. “Assustou a vizinhança. Jamais imaginei que Vera fosse fazer isso. Dormia até tarde, almoçava e depois ia para a rua. No final do dia, voltava com a sacola.”
Liberada pela DIG, Vera vai responder em liberdade pelos crimes de falsificação de documento público e por ter se passado por médica. A perícia ainda vai analisar os atestados para comprovar se os documentos são falsos ou produtos de furto.
Traficante/Adelza de Morais Moreira, 54 anos, foi outra idosa presa em flagrante, nesta quinta-feira (16), no Jardim São Lourenço, zona norte de Sorocaba. Ela praticou um crime mais grave que a de Vera: tráfico de entorpecentes. A polícia encontrou 35 microtubos de crack e 45 de cocaína na cozinha da mulher.
Por volta das 15h de anteontem, os policiais civis da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Sorocaba se deslocaram até o bairro para checar informações que indicavam que uma idosa fazia tráfico de drogas na rua Luiz Ricardo Maffei, 1041. “Os policiais ficaram próximos ao local da residência e observaram grande movimentação de pessoas, que conversavam com a senhora e rapidamente saiam”, diz o delegado-titular Alexandre Banietti. “Depois de um tempo, a polícia a abordou e constatou o entorpecente na casa. Ela deixou os investigadores entrarem”. Sobre a mesa, a polícia apreendeu uma sacolinha plástica azul com a cocaína. Também havia R$ 75 e contas de telefone e água.
Adelza recebeu voz de prisão, foi autuada por tráfico e depois encaminhada para a Cadeia Pública de Votorantim.
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