Folha de Votorantim
Valdinei Queiroz
Vereador do PMDB usou lei de parlamentar
sorocabano para sugerir retorno das sacolas de plástico aos estabelecimentos de
Votorantim
O vereador
Lázaro Alberto de Almeida (PMDB), o Labrego, apresentou na última segunda-feira
(4), durante sessão legislativa, um projeto de lei que obriga os supermercados
de Votorantim a fornecerem as sacolas plásticas para os consumidores
acondicionarem suas compras. Lei neste sentido já foi sancionada em Sorocaba
pelo prefeito Vitor Lippi, a partir de projeto do vereador Mário Marte Marinho
Junior (PPS), aprovada pela Câmara Municipal.
Mas o vereador
votorantinense argumenta que, antes do colega sorocabano apresentar o projeto
na Casa de Leis, ele já havia feito um projeto semelhante. Entretanto, o texto
criado por Marinho continha informações mais detalhadas e, sendo assim, haveria
grande possibilidade de aprovação.
O uso das
sacolas de plástico comum para embalar produtos nos supermercados está restrito
desde o começo deste ano, em razão do acordo entre o governo estadual e a
Associação Paulista de Supermercados (Apas).
O projeto de
Labrego determina que supermercados e demais empresas comerciais varejistas,
atacadistas ou prestadoras de serviço forneçam gratuitamente sacolas plásticas
ecológicas (oxibiodegradáveis) ou retornáveis a seus consumidores. Em caso de
desacordo, está prevista advertência, multa de R$ 200 e, se prosseguir, a
cassação do alvará de funcionamento. Em Sorocaba, por exemplo, o custo é de R$
500. “Como Votorantim tem menos habitantes que Sorocaba, o correto seria
diminuir o valor”, explica o vereador Labrego. Caso seja aprovado, o
estabelecimento deverá se adequar à lei no prazo de 90 dias, a contar da data
de sua publicação.
Para o autor do projeto,
o valor da embalagem já está embutido no valor dos produtos. “Quando é cobrador
à parte, o consumidor está pagando esse custo duas vezes”, destaca,
referindo-se ao artigo 39, inciso V da Lei Federal nº 8078/90, que trata do
Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
Outro
questionamento da lei é quanto ao reaproveitamento das sacolas plásticas para
serem usadas como sacos de lixo. Para o vereador, ao tirá-la da residência, o
cidadão terá que comprar um saco apropriado para colocar os restos de alimentos,
o que vai possibilitar mais gastos na renda familiar.
Em relação ao
meio ambiente, o parlamentar diz que, mesmo com a proibição das sacolas, o meio
ambiente continua sendo agredido, uma vez que os sacos de lixo mais consumidos
são aqueles mais baratos, ou seja, não biodegradáveis.
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