Priscila Fernandes (programa de estágio)
Licitação só será iniciada com o fim de um estudo aprofundado da Prefeitura, sem prazo para terminar
Enquanto aguardam pela definição da nova empresa, os radares viraram até abrigo de pássaros - Por: Erick Pinheiro
Enquanto os radares seguem inativos, os equipamentos se deterioram por falta de manutenção, que, segundo a Prefeitura, só será feita pela empresa que vencer a licitação. A reportagem do Cruzeiro do Sul flagrou até um ninho de passarinhos se formando em um dos equipamentos. De acordo com Ribeiro, o estudo já prevê a substituição dos aparelhos por radares mais modernos. "Tudo será trocado por tecnologia digital", diz. De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) de Votorantim, o valor do contrato também só poderá ser estimado após a conclusão do estudo, com a apresentação de no mínimo três empresas do segmento, não sendo possível apontar um número neste momento.
A diretora Cíntia explica que, para impedir novas interrupções na concorrência, há uma preocupação em elaborar um edital incontestável. "Cada empresa queria que o edital focasse uma coisa que beneficiava a eles, e a gente quer o que for melhor para o município", relata. Ribeiro afirma que a demora na finalização do estudo ocorre pois o município quer se precaver contra possíveis recursos das empresas e garantir a lisura da licitação. "Sempre fomos cautelosos e agora ainda mais", conta.
Com a falta dos radares para fiscalizar o trânsito, a Secom informa que como forma de inibir infrações, a Secretaria de Segurança Comunitária, Trânsito e Transporte, através da Guarda Municipal, em parceria com a Polícia Militar, realiza blitzes para fiscalizar especialmente as carretas acima de dois eixos, proibidas de circulam pelas avenidas Gisele Constantino, 31 de Março, Antonio Lopes dos Santos, Rogério Cassola e Antonio Castanharo.
Entenda o caso
Em setembro de 2008 foi encerrado o contrato entre a Prefeitura de Votorantim e a empresa Splice, que era a responsável pelo serviço até então. O primeiro edital, aberto na época, foi interrompido após um pedido de impugnação no certame, feito pela Kopp, e que não chegou a ser encaminhado ao TCE. A interrupção seguinte foi feita pelo TCE, por causa de representação feita pela empresa Engebrás. Em 2011, outro pedido de impugnação dentro do processo administrativo foi realizado. Em matéria publicada pelo jornal Cruzeiro do Sul em 18 de março de 2011, o prefeito Carlos Augusto Pivetta não poupou críticas ao que chamou de concorrência "irracional" existente atualmente no mercado de radares eletrônicos. Para o prefeito, é um direito da empresa recorrer mas, para ele, neste caso não se trata uma competição sadia. (Supervisão - Regina Helena Santos)
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