quarta-feira, 13 de junho de 2012

Vereador sugere “Teste do coração” em recém-nascido


Folha de Votorantim
Valdinei Queiroz

Objetivo é diagnosticar precocemente a doença

O teste do coração em recém-nascido é importante para detectar a presença de cardiopatia congênita grave que coloca em risco a vida do bebê. Pensando nessa questão, o vereador Heber de Almeida Martins (PDT) apresentou na sessão de anteontem, o projeto de lei (048/12) que obriga a realização do “teste do coraçãozinho” (exame de oximetria de pulso) em todos os recém-nascidos nos berçários das maternidades do município. O projeto segue agora para as comissões permanentes da Casa e, em seguida, à procuradoria jurídica, para análise quanto à sua constitucionalidade. Uma vez aprovado pelas duas competências, a proposta será levada em sessão para ser votada.
 A oximetria de pulso é utilizada para medir os níveis de oxigênio no sangue e deve ser feito em crianças após 24 horas de vida, mas antes de apresentar “alta hospitalar” ao bebê.
Na justificativa do projeto, o vereador enfatiza que nas maternidades onde o exame é realizado, também em berçários, os recém-nascidos passam pela análise de saturação do oxigênio no sangue. Se detectado oxigênio abaixo de 95%, é realizado ecocardiograma (enxerga o funcionamento do coração através de ultrassom) para investigar a existência de cardiopatia congênita.
Para elaaborar o projeto e apresentá-lo à Casa de Leis, o vereador recorreu ao um estudo realizado pela Universidade de Birmingham e Birmingham  Women’s Hospital, no Reino Unido. O parlamentar conta que o estudo retrata um cenário comum nas sociedades contemporâneas. Explicando, resumidamente, ele diz que, às vezes quando o bebê recebe alta do médico, retorna ao hospital com problemas, muitas vezes graves, que poderiam ter sido detectados antes da alta pós-parto.
O estudo feito pelos cientistas de Birmingham foi publicado no jornal científico Lancet, em que envolveu 20.000 bebês, aparentemente saudáveis, de seis maternidades no Reino Unido. Todos foram rastreados, por meio de um oxímetro de pulso, aqueles com níveis mais baixos de oxigênio após o nascimento tinham mais risco de problemas no coração. Dos 195 bebês que tiveram resultado anormal no teste, 26 apresentaram importantes problemas cardíacos congênitos e, aproximadamente 46, apresentaram outros problemas que necessitariam tratamentos urgentes.
De acordo com o pedetista, há várias pesquisas envolvendo benefícios aos bebês, com o intuito de tratá-los de uma melhor forma possível. Ele conta, no entanto, que o exame de rotina é realizado somente no âmbito das UTIs neonatais, não se aplicando aos berçários com os bebês aparentemente normais.
Ele lembra os pais que, durante o pré-natal, o ecocardiograma fetal, que pode ser realizado entre a 18ª e 24ª semana, já é capaz também de indicar algum problema no coração do bebê. “Considerando que o ecocardiograma fetal nem sempre faz parte dos exames solicitados pelo médico durante o pré-natal, a oximetria de pulso, que é de baixo custo pode salvar vidas”, afirma o parlamentar.

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