Notícia publicada na edição de 08/12/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 005 do caderno C
Cesar Santana - programa de estágio
Participando do 3º Concurso Internacional BNDES de Piano Rio de Janeiro, Ronaldo Rolim disse que a maior competição é com ele mesmo
O jovem pianista votorantinense
Ronaldo Rolim, 26 anos, representou muito bem o Brasil no 3º Concurso
Internacional BNDES de Piano Rio de Janeiro 2012. Ronaldo chegou às
semifinais da competição que contou com pianistas do mundo todo e foi o
único brasileiro na disputa realizada na capital fluminense, ficando a
um passo de conquistar uma vaga na final. Ao todo, foram 18 competidores
entre 91 inicialmente inscritos. Esta foi a segunda participação de
Ronaldo neste concurso, que contou com a presença do brasileiro também
em sua primeira edição, em 2009, quando ele também atingiu as
semifinais.
Embora Ronaldo tenha alcançado uma posição de destaque, para ele a
disputa não é tão importante assim. O pianista encara o concurso como
uma oportunidade para superar seus limites. "Não encaro como uma
competição. Se há competição é comigo mesmo, pois vou lá para buscar o
meu melhor", garante. Para ele, julgar a música é uma tarefa complicada.
"Em arte é difícil fazer um julgamento. Não existe comparação na
música. Cada um dos competidores é diferente por natureza. Existe um
certo estereótipo do participante de concurso que é essa busca
incondicional por uma perfeição, que é algo discutível, afinal,
perfeição não existe em nenhum aspecto. Uns acreditam que seja alcançar
uma determinada técnica ou o fato de não errar nenhuma nota, mas sempre
depende do ponto de vista", diz.
Ronaldo revela que administrou bem o fato de ser o único participante
do Brasil na competição, e encarou o fato de se apresentar "em casa"
como um incentivo. "É claro que tem uma certa pressão por ser o único
representante do País, mas isso é muito relativo e depende de como você
encara. No meu caso existe mais mesmo é uma cobrança interna, ou seja,
comigo mesmo. Isolei bem o que vem de fora e me cobro para poder fazer
meu papel da melhor maneira possível". O pianista avalia de forma
positiva sua participação no concurso. "Eu representei bem o meu País. É
uma honra estar entre 20 competidores de todos os cantos do mundo,
ainda mais competindo no Rio de Janeiro, onde gosto muito de tocar. Foi
bem legal, gosto muito do público de lá e toco todos os anos na cidade.
Mas o concurso sempre tem uma atmosfera mais sombria do que um concerto
comum", conta.
Para 2013, Ronaldo planeja uma agenda mais tranquila. Ele pretende se
manter longe das competições para conseguir um descanso. "No ano que
vem tenho vários concertos agendados nos Estados Unidos (país onde mora)
no primeiro semestre, além de um festival de música erudita em Chicago
no mês de junho. Em setembro venho para o Brasil para alguns
compromissos, mas com relação a concursos, não estou cogitando essa
ideia, já que participei de dois nos últimos dois meses. É muito
desgastante e agora quero um pouco de tempo para me dedicar à minha
música e poder relaxar", diz. (Supervisião: Andrea Alves)

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