E quando se fala em meio ambiente, o
calcanhar de Aquiles de nossa região é a represa de Itupararanga,
responsável pelo abastecimento de aproximadamente 90% da população
sorocabana - Por: Emídio Marques
O Brasil foi o destino de um bocado de gente capacitada para discutir o futuro do planeta. Essa turma participou em junho deste ano do Rio+20, uma espécie de conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) criada para debater o desenvolvimento sustentável da Terra. Representantes de 188 países compareceram ao Rio de Janeiro e, juntos, criaram um documento intitulado "O futuro que queremos". O objetivo era formular um plano para a humanidade se desenvolver de forma digna e conseguir administrar os recursos naturais sem prejudicar as próximas gerações. Mas nem tudo foram flores, pois a definição de metas de desenvolvimento sustentável não foi atingida.
Na prática, o encontro quis pontuar soluções para situações vividas e vistas por cada um de nós. A lista inclui a despoluição dos rios, a diminuição do desmatamento, uma menor emissão de poluentes na atmosfera da erradicação da pobreza. Essa discussão mundial também é feita localmente em Sorocaba. E quando se fala em meio ambiente, o calcanhar de Aquiles de nossa região é a represa de Itupararanga, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 90% da população sorocabana.
Os dados mais atuais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) revelam que a qualidade da água na represa é a pior registrada nos últimos 10 anos. O cálculo é baseado no Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de Abastecimento Público (IAP) e revela que a classificação caiu de boa para regular. O atual IAP da represa de Itupararanga é de 37, bem próximo da classificação ruim. Esse número é o pior registrado desde 2002, ano de início da medição. As médias anuais relatam a queda de 51 pontos em uma escala de 0 a 100, na análise feita pelo aparelho de medição instalado próximo à barragem, na estrada que liga Ibiúna a Votorantim.
Medidas têm sido tomadas pelo governo estadual e pelos municípios que integram a bacia de Itupararanga. Alguns projetos permanecem no papel, mas outros já estão em prática para diminuir a descarga de poluentes nos afluentes da represa de Itupararanga. O trabalho inclui a construção de estações de tratamento de esgoto, a fiscalização contra desmatamentos e o controle de áreas agrícolas às margens de rios, córregos e represas.
Em Sorocaba, A Prefeitura também desenvolveu uma série de ações integradas no projeto de recuperação e revitalização do rio Sorocaba e de córregos urbanos. Foram trabalhos que envolveram, além do fundamental tratamento de esgotos domésticos, a construção de bacias de contenção, recuperação das margens e de áreas degradadas, construção de conjuntos habitacionais para famílias que vivem em áreas de risco, ciclovias e parques integrados.
Sorocaba ainda realizou plantios de árvores em áreas ciliares e projetos na área de educação ambiental realizados nos parques municipais. Além disso, contou com ações em recuperação de matas ciliares, revitalização em 53 quilômetros de rios e córregos urbanos, combate ao desperdício de água e redução de perdas, recuperação de nascentes rural e urbana; além de contar com 2.815 nascentes mapeadas. Toso esse trabalho rendeu a Sorocaba a certificação no Programa Município Verde Azul. Esse foi o quarto ano consecutivo que a cidade conquistou o selo e é considerada exemplo ambiental.

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