quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Prefeitura pode terceirizar os serviços médicos

Notícia publicada na edição de 16/01/2013 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 007 do caderno A
Fernando Guimarães

Rede pública sofre com a falta de especialistas

 Usuários estão insatisfeitos. Pacientes estão se consultando apenas com clínicos gerais - Por: ADIVAL B. PINTO

A Prefeitura de Votorantim poderá terceirizar alguns procedimentos médicos da rede pública de saúde, por meio de contratos com a iniciativa privada, a fim de resolver problemas pontuais nessa área. A informação foi passada pelo prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB), durante entrevista na manhã de ontem no Jornal da Cruzeiro, transmitido pela rádio Cruzeiro FM (92,3 MHz), ao ser questionado a respeito de problemas enfrentados por usuários do sistema e noticiados na edição de ontem do jornal Cruzeiro do Sul. A falta de especialistas, como nefrologista, pediatra e ortopedista, é uma preocupação do prefeito, que pretende solucionar essa questão em caráter de emergência ainda neste mês de janeiro.

"Esta semana, ou no máximo na semana que vem, farei uma reunião com o grupo gestor da Saúde para saber qual a situação da saúde na cidade e tomar uma atitude em caráter de emergência. Em alguns casos nós já estamos mexendo, mas como havia dito em outra ocasião aqui (na rádio) a saúde de Votorantim é um grande desafio a ser superado", afirma Erinaldo, lembrando que o problema da saúde pública é crônico em todo o território nacional. "Nós sabíamos, com todo o respeito, e temos consciência e já disse que a saúde é o grande problema do município, da situação que encontraríamos. Mas, nesse primeiro momento, estamos tomando pé da situação e não descartamos a terceirização de alguns setores devido à dificuldade de contratar médicos", admite. Após efetuar o detalhamento das condições da saúde básica em Votorantim, Erinaldo pensa em atendimentos com médicos particulares às custas da prefeitura.
A falta de médicos especialistas nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) vem gerando insatisfação nos usuários do sistema de saúde. Os pacientes que procuram pelos profissionais nos postos de saúde estão sendo consultados por clínicos gerais, conforme notícia publicada na edição de ontem do Cruzeiro do Sul.
O caso da auxiliar de montagem Tatiane Campos Silva, de 24 anos, e de seu companheiro José Paulo Teixeira Costa, de 22 anos, é um exemplo. Há uma semana, o casal vai à UPA central em busca de atendimento pediátrico para o filho Davi, de seis meses, mas não encontra o especialista. O menino contraiu uma gripe bastante forte e tem passado muito mal.
Outro exemplo é o da dona de casa Lúcia Helena Martins, de 60 anos, que passou por clínicos gerais que avaliaram as dores que a idosa sentia na região do abdome e, por duas vezes, indicaram uma consulta com um nefrologista devido à suspeita de problemas renais. Como não conseguiu uma consulta para passar pelo especialista no PA, os filhos de Lúcia, preocupados com o estado de saúde da mãe, resolveram passá-la por uma clínica particular.
O prefeito Erinaldo Alves diz que não não há um profissional da área, quando é um especialista os funcionários são orientados a encaminhar o paciente para o ambulatório de especialidades. "Quando acontece de não ter um profissional, nós requeremos transferência para o SUS de Sorocaba", diz Erinaldo, salientando que esse procedimento não é o mais indicado e que, por isso, pensa em promover contratos com médicos particulares. "Estamos atentos à situação da saúde e estamos resolvendo alguns problemas, mas temos consciência de que temos outros a serem resolvidos", diz.

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