Jornal Cruzeiro do Sul
Marcelo Andrade
Grupos de estudantes e trabalhadores estiveram no CHS
Rogério Pereira Lemos doou sangue pela primeira vez - Por: EMIDIO MARQUES
Cerca de 300 pessoas lotaram na
manhã de ontem as dependências do Hemonúcleo do Conjunto Hospitalar de
Sorocaba (CHS) para, em ações sociais que envolveram grupos de
funcionários de empresas, estudantes universitários e, até mesmo de
iniciativa individual, doar sangue ao banco mantido pela unidade
hospitalar. O volume de pessoas que passou pelo hemonúcleo chamou a
atenção até mesmo de funcionários do local, que se surpreenderam, já que
nem mesmo a baixa temperatura e a chuva constante ao longo de toda a
manhã impediu que as pessoas deixassem de realizar o ato de cidadania.
Entre os que procuraram pelo banco de sangue do CHS estavam 80
estudantes de diversos cursos da Universidade de Sorocaba (Uniso), que
foram mobilizados por um grupo formado por 15 integrantes da Câmara de
Mediação e Conciliação da própria universidade, como parte de uma
campanha de conscientização sobre a importância da doação de sangue. A
Câmara de Mediação e Conciliação é um dos serviços gratuitos da
universidade na área do Direito, que há cinco anos vem prestando
atendimento às pessoas com renda familiar mensal de até três salários
mínimos, nos termos da Lei de Assistência Judiciária Gratuita. Mesmo
período de tempo em que essa ação social de doação de sangue é
realizada, explica um dos integrantes, Vinícius Machado. "Para tanto,
fizemos um trabalho de divulgação nos câmpus da Universidade, nas redes
sociais e também nas unidades da Câmara, que funcionam em Sorocaba e
Votorantim", afirmou.
Entre os que atenderam ao chamado estava o estudante Rogério Pereira
Lemos, de 36 anos. Foi a primeira vez que doou sangue. Se estava
nervoso, resumiu: "de maneira alguma. Esse é um ato que salva vidas."
"Doar sangue é um gesto de solidariedade que todos nós deveríamos fazer
constantemente", completou a estudante do Curso de Direito, Andressa
Rosa.
Entre os estudantes da Uniso também estava um grupo de 25 funcionários
da empresa Cargill, localizada em Mairinque. "Nós fazemos parte de um
grupo de voluntariado da empresa, que nos organizamos em prol de ações
sociais. Isso aqui que estávamos fazendo ao lado de tantas pessoas é
gratificante demais", disse Heloísa Helena Mateus Melo, de 25 anos.
A mesma opinião foi compartilhada pela jovem Daniela Santos Meira, de 18
anos. Moradora da zona norte de Sorocaba ela aproveitou a manhã de
sábado para atravessar a cidade e doar sangue ao hemonúcleo, ao lado de
mais três amigas. Conta que se organizaram ao tomar conhecimento de que
um vizinho que está internado no CHS precisa da doação. Já Márcio de
Souza, de 45, foi doador pela primeira vez na manhã de ontem. Conta que
tomou a iniciativa individual, na noite de sexta-feira, após um sonho
que teve. "Sonhei que estava atendendo a um pedido feito numa anúncio
afixado num centro de saúde...", relata.
O médico hematologista Fábio Massanobu Karube disse ter se surpreendido
com o volume de pessoas que foram ao Hemonúcleo do CHS para doar sangue.
"É algo louvável e que só temos a agradecer", disse. Ele conta que o
estoque está dentro da regularidade, mas que é fundamental que a
sociedade se mobilize e faça regularmente a doação, já que, ainda
segundo ele, a demanda no local é muito grande, uma vez que a unidade
atende pacientes de 49 cidades da região. "Esse produto tem data de
validade, por isso, é fundamental que as pessoas se conscientizem, cada
vez mais, e façam a doação e ajudem a salvar vidas", finalizou.

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