Folha de Votorantim
Valdinei Queiroz
Em nível nacional, o município desceu 61 posições no período de pesquisa de 10 anos (2000 a 2010)
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) registrou a
queda em 10 posições de Votorantim nos últimos 10 anos no Estado de São
Paulo e agora a cidade ocupa a 130ª colocação. Em nível de Brasil, o
município também caiu e atualmente está na 268ª, caindo 61 posições no
ranking nacional, de acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no
Brasil 2013, divulgado na última segunda-feira (29), pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
De acordo com o prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB), o município
cresceu satisfatoriamente em alguns índices, mas em outros indicadores
não desenvolveu tanto, se comparado com outros municípios à frente de
Votorantim e que fazem parte da região, como é o caso de Itu, São Roque,
Salto, Boituva e Sorocaba. Entretanto, a cidade ficou à frente de
municípios como Alumínio, Itapetininga, Ibiúna, Salto de Pirapora,
Piedade e Capela do Alto.
Os pesquisadores se basearam nos dados dos três últimos Censos do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que foi em 1991 (1°),
2000 (2°) e 2010 (3°). Estudaram 180 indicadores para avaliar as
condições de vida da população. Votorantim está na mesma marca que a
média dos municípios brasileiros em relação ao IDHM, que foi uma melhora
de quase 50% em 20 anos. O município - para ser exato - registrou um
desenvolvimento de 45,54% entre 1991 e 2010.
Erinaldo explica que cada prefeito buscou melhorar, durante sua gestão,
uma determinada área que estava necessitando de reparos. Com isso, a
vida do cidadão reflete de acordo com a maneira que o Executivo exerce
seu trabalho em prol da comunidade. No período da pesquisa, Votorantim
contou com cinco prefeitos: José de oliveira Souza, o Zeca Padeiro (PTB)
- 1989 a 1992; Erinaldo Alves da Silva (PSDB) – 1993 a 1996; João Souto
Neto (PSDB) – 1997 a 2000; Jair Cassola (PDT) – 2001 - 2008; e Carlos
Augusto Pivetta (PT) – 2009 a 2012.
Educação
A educação também avançou, mas ficou bem longe
do ideal e foi o indicador que ficou entre médio e alto - dependendo do
índice analisado. Atualmente, o município conta com cerca de 9.500
alunos matriculados nas Escolas de Educação Infantil e Ensino
Fundamental da rede municipal.
Em 2010, Votorantim apontou 97,39% “da população de 5 a 6 anos de idade
frequentando a escola”. Em 2000, este índice era de 84,25%. Em 1991, o
indicativo desce ainda mais: 48,53%. Nos últimos 10 anos, houve um
crescimento de 15,60% e, em 20 anos, 100,68%.
Em relação ao “percentual de crianças de 11 a 13 anos de idade
frequentando os anos finais do ensino fundamental ou que já concluiu
esta etapa”, 55,42% da população tinha esse perfil, em 1991. No segundo
indicativo, que é em 2010, o número saltou para 81,77%. O índice mais
recente computou um avanço de 92,68%. Ao compará-los, houve um
desenvolvimento nos últimos 10 anos de 47,54%. Já nos últimos 20 anos,
crescimento de 67,23%.
O terceiro índice do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é
o “percentual da população de 15 e 17 anos com fundamental completo”.
Em 1991, O município tinha 26,60% da população dentro enquadrada nesse
campo de pesquisa. Em 2000, o número aumentou e atingiu 64,05%. E há
dois anos, 76,02%. Entre 1991 e 2000, houve um acréscimo de 140,79%. No
caso dos últimos 20 anos, Votorantim cresceu 185,79%.
Já o “percentual da população de 18 a 20 anos de idade com o ensino
médio completo” há 20 anos, era de 12,44%. 10 anos mais tarde, o
indicador aumentou e parou no patamar de 43,44%. Na última pesquisa, em
2010, o último índice levantado pela pesquisa, alavancou para 56,72%. Ao
comparar entre 1991 e 2000, o número alargou em 249,20%. Nos últimos 20
anos, subiu para 355,95%.
O quinto dado da pesquisa é quanto ao “subíndice de frequência escolar
da população jovem”. No início da década de 1990, Votorantim estacionou
no patamar de 0,357%. Na época, o município era considerado como “muito
baixo” (abaixo de 0,499). Em 2000, o cenário mudou e foi para 0,684%,
tornando-se do grupo “médio” (entre 0,600 e 0,699) de números de alunos
regularmente no ensino da cidade. E há três anos, pulou para o patamar
“alto” (entre 0,700 e 0,799), computando 0,807%.
Quanto ao “percentual da população de 18 anos ou mais com fundamental
completo”, o município há 20 anos registrava 24,10% dos habitantes com
até a 5ª série finalizada. No começo da década de 2000, saltou para
43,80%, um aumento entre um dado e outro de 81,74%. Em 2010, cresceu em
63,99% e, ao comparar com o ano de 1991, houve um aumento de 165,52%.
No penúltimo item de educação, que é o “subíndice de escolaridade
fundamental da população adulta”, na década de 1990, Votorantim estava
numa colocação considerada como muito baixa na pesquisa, com 0,241,
sendo que a média é 0,6. 10 anos mais tarde, o município continuou no
mesmo patamar. Na última pesquisa, a cidade entrou no índice médio –
0,640. Para alcançar nível alto, precisa-se chegar a 0,7. Entre o muito
baixo e médio, cresceu-se 165,56%.
Por fim, o “índice de desenvolvimento humano municipal (dimensão
educacional)”. Nas três pesquisas, Votorantim apresentou um quadro
crescente: 0,313 (muito baixo), 0,438 (muito baixo) e 0,640 (médio), em
1991, 2000 e 2010, respectivamente. Ao comparar o primeiro dado com o
último, o município aumentou em 138,66% e, nos últimos 10 anos, 26,61%.
Expectativa de vida
Em relação à expectativa de vida em
Votorantim, o quadro apresentado pela pesquisa não cresceu ao comparar
com os outros dados. Em 1991, por exemplo, 68,63% da população
votorantinense representava perspectiva ao nascer. Já 10 anos mais
tarde, o número aumentou em menos de 4%. E em 2010, foi para 75,30%. Ou
seja, do primeiro ao último índice, Votorantim aumentou sua esperança de
vida em 9,72%.
Referente ao índice de desenvolvimento humano municipal (dimensão
longevidade), o município computou, em 1991, 0,727 - considerado como
alto-, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Em
2000, o número praticamente ser manteve e chegou a 0,794. E há três
anos, a cidade foi para 0,838 – saltando de alto para muito alto. Nos
últimos 20 anos – transição de alto para muito alto -, cresceu em
15,27%.
Renda
A renda per capita (média) por habitante no
município, no início da década de 1990, era de R$ 443,38. Passaram-se 10
anos e a renda subiu para R$ 605,92 - aumentou em relação a um período e
outro de 36,66%. Em 2010, subiu para R$ 703,99 e, nos últimos 20 anos,
aumentou em 58,78%. Ou seja, um pouco mais de um salário mínimo que,
atualmente, é de R$ 678,00. Neste índice, a cidade está em 1068ª
colocação. Como objeto de comparação, o município de São Caetano do
Sul-SP, que está em primeiro no ranking, tem média de mais de R$ 2 mil.
Já o “índice de desenvolvimento humano municipal (dimensão renda)
obteve, nas três pesquisas, índices de 0,645 (médio), 0,695 (médio) e
0,720 (alto) – 1991, 2000 e 2010, respectivamente. Nos últimos 20 anos,
cresceu 7,75% e, nos últimos 10 anos, a 3,60%.
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