Notícia publicada na edição de 27/09/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno B
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF)
2013, divulgado segunda-feira, classificou Sorocaba como 8º município do
Estado de São Paulo e 19º no País com melhores resultados. O estudo
desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan) avaliou a qualidade de gestão fiscal de 5.164 municípios
brasileiros. É elaborado anualmente com estatísticas oficiais, a partir
de dados declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro
Nacional.
O índice varia entre 0 e 1. Quanto maior a pontuação, melhor a gestão
fiscal do município. São cinco indicadores: receita própria, gastos com
pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida. O IFGF divulgado
agora se baseou em dados de 2011. Cada município é classificado com
conceitos A (gestão de excelência, acima de 0,8001 ponto), B (boa
gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (gestão em dificuldade, entre 0,4001 e
0,6) ou D (gestão crítica, inferiores a 0,4 ponto). No IFGF com dados de
2010, Sorocaba havia ficado em 23º lugar no Estado e em 61º no País.
O estudo apontou que a maioria das cidades brasileiras não administra
seus recursos de forma satisfatória. É o caso de 3.418 municípios, 66,2%
do país, que foram avaliados em situação fiscal difícil ou crítica,
conforme a Firjan. "Apenas 84 municípios do Brasil (1,6%) apresentam
alto grau de eficiência na gestão fiscal. A região Sul teve o melhor
desempenho, com 47,8% de seus municípios entre as 500 melhores gestões
brasileiras, enquanto 72,2% dos 500 piores resultados pertencem ao
Nordeste.
O primeiro lugar no ranking nacional é Poá, no Estado de São Paulo, com
pontuação de 0,9618. Barueri é 2º no Estado e 4º no País; seguido por
Piracicaba (3º no Estado e 5º no País), Caraguatatuba (4º/7º), São
Bernardo do Campo (5º/10º), Vinhedo (6º/11º), Louveira (7º/15º) e
Sorocaba (8º/19º). Entre os dez municípios paulistas melhor
classificados no IFGF ainda estão São José do Rio Preto (9º/21º) e
Botucatu (10º/30º). O ranking dos dez melhores resultados do País é
formada por Poá (SP), Jeceaba (MG), Balneário Camboriú (SC), Barueri
(SP), Piracicaba (SP), Porto Belo (SC), Caraguatatuba (SP), Caxias do
Sul (RS), Vitória (ES) e São Bernardo do Campo (SP).
Dos municípios da região com mais de 100 mil habitantes, Itu ficou em
11º no Estado e 33º no País; Itapetininga (160º/999º); Tatuí em
(229º/1.360º) e Salto (336º/1.931º). Votorantim ficou de fora do estudo,
entre 399 municípios do País, por ausência ou inconsistência de dados
no Tesouro Nacional. Na região administrativa de Sorocaba houve outros
dois na mesma situação: Fartura e Sarutaiá. Entre os dez piores
resultados do IFGF no Estado está um município da região administrativa
de Sorocaba, Areiópolis.
Entre as capitais, Vitória (ES) e Curitiba (PR) são as únicas a
apresentar gestão de excelência. Em 3ª e 4ª lugar, com boa gestão,
aparecem Campo Grande (MS) e Rio de Janeiro (RJ), que entraram na lista
dos 100 melhores desempenhos do Brasil. O município de São Paulo ficou
na 42ª posição no Estado e 170ª no País.
Indicadores de Sorocaba
No indicador de receita própria, Sorocaba teve pontuação de 0,8814, 18ª
posição no ranking estadual do estudo. Em gasto com pessoal, a pontuação
foi de 0,8940 (19ª posição estadual). Em investimentos, cai para o 48º
lugar, com 0,8157 de pontuação. No indicador liquidez, obteve 0,9329
pontos e 129º lugar no ranking estadual. O pior resultado entre os cinco
indicadores foi custo da dívida, pontuação de 0,6760 e 493º lugar na
classificação geral.
O índice receita própria mede a capacidade de arrecadação de cada
município e sua dependência das transferências de recursos dos governos
estadual e federal; o gasto com pessoal analisa as despesas com o quadro
de servidores, avaliando a rigidez do orçamento para políticas
públicas; o item investimento acompanha o total de aplicação dos
recursos em relação à receita líquida; o índice liquidez verifica a
relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos
financeiros disponíveis para pagá-los no exercício seguinte; e por fim, o
custo da dívida, que avalia o comprometimento do orçamento com o
pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em
exercícios anteriores.
O resultado do IFGF não traz valores. O método de pontuação é adotado a
fim de equiparar, no estudo, os índices de arrecadação e investimentos
dos municípios. O IFGF 2013 pode ser consultado no site da Firjan: www.firjan.org.br/ifgf .
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