Notícia publicada na edição de 03/10/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 010 do caderno A
Rodrigo Gasparini
O prefeito de Votorantim, Erinaldo Alves da
Silva (PSDB), afirmou desconhecer que o irmão do vice-prefeito Silvano
Donizete Mendes (PTB) foi o representante da Votoserv no pregão
presencial, vencido pela empresa, para o fornecimento de marmitex aos
funcionários públicos municipais da cidade.
"Eu não tenho esse conhecimento", disse Erinaldo ontem, em Piedade, onde
acompanhava a visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele
respondeu a questionamento do Cruzeiro do Sul, sobre o fato de Milton
Ribeiro Mendes (irmão do vice-prefeito) ter sido o representante legal
da Votoserv no pregão.
A Votoserv pertence a Welton da Silva Dantas, que é funcionário de
Milton no restaurante Assadão. Os dois estabelecimentos funcionam em
prédios fisicamente interligados. No dia 6 de agosto, uma semana antes
do pregão, Welton assinou a procuração para que Milton representasse a
empresa na licitação. Chamado de carta-credenciamento, o documento
permitia ao irmão do vice-prefeito fazer oferta em lances verbais,
assinar atas e contratos de prestação de serviços e firmar compromissos.
Ontem, o prefeito disse que não conversou com o Silvano sobre o assunto.
"O nome da empresa que está lá (Votoserv) não é do irmão dele. O fato
de estar presente é um direito de qualquer cidadão", afirmou, antes de
ser lembrado que Milton foi ao pregão representando a empresa. "Eu
continuo na mesma posição: se a Justiça determinar que tem qualquer
erro, nós suspendemos o contrato." O caso é investigado pelo Ministério
Público.
A Votoserv foi criada quatro meses antes da licitação para a escolha do
fornecedor de marmitex para os servidores públicos municipais de
Votorantim. Depois de o Cruzeiro do Sul revelar o caso com
exclusividade, no dia 25 de agosto, Welton da Silva Dantas deletou seu
perfil no Facebook, no qual informava ser funcionário do Assadão.
No pregão presencial, a Votoserv venceu três concorrentes ao oferecer o
preço de R$ 6,73 por refeição. A estimativa inicial da Prefeitura era de
gastar R$ 9,60 por unidade.
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