terça-feira, 19 de novembro de 2013

DIG elucida caso de extorsão e sequestro ocorrido no Campolim

Jornal Cruzeiro do Sul



Um caso de extorsão mediante sequestro, ocorrido sexta-feira à noite no Parque Campolim, foi esclarecido em pouco mais de 24 horas com a liberação da vítima e prisão do líder do bando. O esclarecimento foi divulgado ontem à imprensa pelas equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Grupo Antissequestro (GAS), quando também foi apresentado Rodrigo Aparecido de Arruda, 29 anos, que chefiava a quadrilha. Outros dois integrantes do bando, Jair Pires de Andrade Neto, 21 anos, e Igor Santana Silva, 19, continuam foragidos, mas já estão com suas prisões preventivas decretadas.

Juntos, os delegados titulares da DIG e GAS, respectivamente José Humberto Urban Filho e Wilson Negrão, acompanhados ainda do delegado Rodrigo Ayres, também do GAS, explicaram que o caso começou a ser esclarecido a partir da manhã de sábado, quando ao mesmo instante em que a família comunicava o desaparecimento do estudante de 19 anos, chegava o primeiro pedido de resgate, valor não divulgado pela polícia.

O estudante havia participado de um jogo de futebol quando, ao se dirigir a uma padaria da cidade, foi surpreendido por dois homens armados com revólver e cartucheira, que anunciaram o roubo. O estudante foi obrigado a entrar em seu carro, um Chevrolet Captiva, deixando o local em alta velocidade. Naquela noite o rapaz foi levado para a Ilha Comprida, e somente na manhã seguinte a família recebeu o pedido de resgate.

Carro localizado

Enquanto o setor de inteligência das unidades especializadas trabalhavam para o esclarecimento do crime e, especialmente garantir a integridade física do sequestrado, a Polícia Militar também recebeu alerta sobre a Captiva roubada, e no começo da noite de sábado o veículo foi localizado por PMs de Votorantim no Jardim Santa Mônica. O veículo estava em poder do Rodrigo Aparecido de Arruda, já conhecido nos meios policiais por ter mais de sete condenações por roubos. Diante de sua detenção e confissão sobre o crime, os policiais civis chegaram até o cativeiro, localizado na área rural entre Sorocaba e Salto de Pirapora, verificando que os dois comparsas que vigiavam a vítima e que depois foram identificados como sendo Jair Pires de Andrade Neto e Igor Santana Silva, haviam fugido. Com a fuga deles, o estudante também aproveitou para abandonar o local e foi localizado próximo a um haras.
O estudante não sofreu agressão física, mas foi mantido o tempo todo num quarto e sempre com uma arma apontada para ele, sofrendo terror psicológico.

Os delegados foram taxativos ao dizer que se trata de uma quadrilha de alta periculosidade, e não está descartada a possibilidade de que o bando tenha migrado de roubos em caixas eletrônicos para roubos de carros, e agora para extorsão mediante sequestro. A polícia também acredita que o bando seja ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
O delegado Urban enfatizou que a prisão do chefe da quadrilha já deve desarticular o bando, que provavelmente pretenderia agir com maior intensidade com a chegada das festas de fim de ano. Denúncias sobre o paradeiro dos foragidos podem ser passadas pelo 197 (Polícia Civil), Disque-Denúncia (181), e para a DIG, no telefone 3224-1595.

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