Jornal Cruzeiro do Sul
Um caso de extorsão mediante sequestro,
ocorrido sexta-feira à noite no Parque Campolim, foi esclarecido em
pouco mais de 24 horas com a liberação da vítima e prisão do líder do
bando. O esclarecimento foi divulgado ontem à imprensa pelas equipes da
Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Grupo Antissequestro (GAS),
quando também foi apresentado Rodrigo Aparecido de Arruda, 29 anos, que
chefiava a quadrilha. Outros dois integrantes do bando, Jair Pires de
Andrade Neto, 21 anos, e Igor Santana Silva, 19, continuam foragidos,
mas já estão com suas prisões preventivas decretadas.
Juntos, os
delegados titulares da DIG e GAS, respectivamente José Humberto Urban
Filho e Wilson Negrão, acompanhados ainda do delegado Rodrigo Ayres,
também do GAS, explicaram que o caso começou a ser esclarecido a partir
da manhã de sábado, quando ao mesmo instante em que a família comunicava
o desaparecimento do estudante de 19 anos, chegava o primeiro pedido de
resgate, valor não divulgado pela polícia.
O estudante havia
participado de um jogo de futebol quando, ao se dirigir a uma padaria da
cidade, foi surpreendido por dois homens armados com revólver e
cartucheira, que anunciaram o roubo. O estudante foi obrigado a entrar
em seu carro, um Chevrolet Captiva, deixando o local em alta velocidade.
Naquela noite o rapaz foi levado para a Ilha Comprida, e somente na
manhã seguinte a família recebeu o pedido de resgate.
Carro localizado
Enquanto o setor de inteligência das unidades especializadas
trabalhavam para o esclarecimento do crime e, especialmente garantir a
integridade física do sequestrado, a Polícia Militar também recebeu
alerta sobre a Captiva roubada, e no começo da noite de sábado o veículo
foi localizado por PMs de Votorantim no Jardim Santa Mônica. O veículo
estava em poder do Rodrigo Aparecido de Arruda, já conhecido nos meios
policiais por ter mais de sete condenações por roubos. Diante de sua
detenção e confissão sobre o crime, os policiais civis chegaram até o
cativeiro, localizado na área rural entre Sorocaba e Salto de Pirapora,
verificando que os dois comparsas que vigiavam a vítima e que depois
foram identificados como sendo Jair Pires de Andrade Neto e Igor Santana
Silva, haviam fugido. Com a fuga deles, o estudante também aproveitou
para abandonar o local e foi localizado próximo a um haras.
O
estudante não sofreu agressão física, mas foi mantido o tempo todo num
quarto e sempre com uma arma apontada para ele, sofrendo terror
psicológico.
Os delegados foram taxativos ao dizer que se trata
de uma quadrilha de alta periculosidade, e não está descartada a
possibilidade de que o bando tenha migrado de roubos em caixas
eletrônicos para roubos de carros, e agora para extorsão mediante
sequestro. A polícia também acredita que o bando seja ligado à facção
Primeiro Comando da Capital (PCC).
O delegado Urban enfatizou que a
prisão do chefe da quadrilha já deve desarticular o bando, que
provavelmente pretenderia agir com maior intensidade com a chegada das
festas de fim de ano. Denúncias sobre o paradeiro dos foragidos podem
ser passadas pelo 197 (Polícia Civil), Disque-Denúncia (181), e para a
DIG, no telefone 3224-1595.
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