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O condutor que provocou a colisão e acabou matando o músico sorocabano Fausto Pará
não irá mais responder por homicídio "culposo", e sim, por "doloso",
quando há intenção de matar. A informação foi divulgada na manhã desta
segunda-feira (11), durante coletiva de imprensa, por José Augusto de
Barros Pupin, delegado que cuida do caso. No dia dois de novembro,
Romualdo Spinoza (34), havia pego escondido o carro de seu patrão,
abastecido o carro no valor de R$ 56 e fugiu sem pagar. Durante fuga da
polícia, ele acabou batendo no veículo que era conduzido pelo jovem de
21 anos, que não resistiu aos ferimentos.
Antes da colisão, Spinoza teria ultrapassado três sinais vermelhos na
avenida Antônio Carlos Comitre, no Campolim, local onde ocorreu o
acidente. Pupin informa que a perícia detectou que o autor do crime
estaria dirigindo a cerca de 120 km/h em uma via máxima de 60 km/h. "Ao
trafegar em alta velocidade ele assumiu a responsabilidade de matar",
enfatizou o delegado. Outra prova circunstancial que tornou possível a
mudança da natureza do crime foram os depoimentos de presentes no
instante da batida. No caso, três testemunhas, amigos de Fausto, que
estavam um carro à frente dele e outro atrás do jovem, declararam que o
semáforo estava fechado para Romualdo. "Não haveria outra possibilidade
para o condutor a não ser colidir com outro automóvel ou causar algum
dano para ele ou alguém", disse a delegada assistente Jaqueline
Coutinho.
No momento, a Polícia Civil aguarda um posicionamento do Ministério
Público e análise do caso do juiz a respeito da modificação da natureza
do crime. Atualmente, Romualdo está com a prisão preventiva decretada e
está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Sorocaba.
Antigas infrações
Durante investigação, foi constatado que Romualdo já tinha uma série
de infrações por trafegar em alta velocidade. No Ciretran de Votorantim,
ele respondia por um processo que poderia culminar na perda de
habilitação do motorista.
Questionada
A Urbes - Trânsito e Transporte terá de prestar esclarecimentos à
polícia por conta do não funcionamento de radares da avenida na noite do
crime. No período, somente uma câmera de monitoramento no canteiro
central da avenida, que foi utilizada pela perícia no recolhimento de
provas, estava em funcionamento.
Segundo por homicídio doloso
Esta é a segunda vez que uma pessoa responde por homicídio doloso em
acidente de trânsito, em Sorocaba. Em maio de 2010, Enrico Augusto Dela
Dea dirigia uma BMW, em alta velocidade, também pelo Campolim, quando
ultrapassou o sinal vermelho e atingiu o carro em que estava o estudante
de medicina André Moraes Arantes, que não resistiu aos ferimentos. Na
época, os dois tinha 22 anos. Pelo crime cometido, Dela Dea irá à júri
popular.
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