Sabrina Souza
programa de estágio
O cachorro Pirata já conseguiu um lar temporário para ficar - CORTESIA/MÁRCIA SBRANA
A
mudança de famílias que antes viviam em áreas de risco e que foram
inseridas no programa de desfavelamento em Votorantim tem gerado
preocupação entre os voluntários de uma organização não governamental
(ONG) de proteção animal da cidade. Comum em casos em que as pessoas são
transferidas para apartamentos, a realidade encontrada pelos
voluntários é que as famílias retiradas das favelas deixam para trás
seus bichos de estimação, que ficam abandonados nos bairros e engrossam
as estatísticas de animais de rua. Somente no primeiro dia de
levantamento, a instituição localizou 62 animais em três regiões que
antes abrigavam as famílias - nos bairros Itapeva, Santos Dumont e
Jardim Serrano. A Prefeitura alega que a decisão de ter ou não bichos
nos prédios é exclusiva dos moradores e que não interfere no assunto. A
expectativa em se mudar para um condomínio, porém, causa preocupação nos
beneficiados, que acabam por abandonar os animais nos locais em que
viviam.
O trabalho desenvolvido pelos "amigos dos animais" começou na última terça-feira e consiste em identificar os animais de rua nos locais deixados pelas famílias, geralmente áreas de risco compostas por barracos. Como não possui sede nem abrigo próprio, a ONG coloca uma fita de identificação no animal para que ele não seja contado mais de uma vez. "Nossa maior dificuldade está na falta de um lar temporário para deixá-los", explica a voluntária Márcia Sbrana. Os animais recolhidos são castrados por veterinários que colaboram com a ONG e somente depois disso são disponibilizados para adoção. No primeiro dia de trabalho, os voluntários identificaram 23 cães, 30 gatos, nove aves (principalmente galos e galinhas) e duas cabras. "Estamos preparados, inclusive, para nos depararmos com animais de grande porte, como cavalos", ressalta Márcia. Os números do segundo dia de levantamento não haviam sido divulgados até a noite de ontem.
O dia de ontem, porém, foi de resgate para dois cães que haviam sido localizados um dia atrás num terreno no Jardim Serrano. Os voluntários conseguiram um lar temporário para Pirata e Pretinha e voltaram ao local para recolhê-los. "Eles são dóceis e se tudo der certo, logo serão adotados", comemora Márcia, que percorreu a antiga favela durante o período da tarde atrás dos bichos. Ao lado dessa região, onde ainda existem famílias morando, o aposentado Antônio Machado já providenciou a doação dos seus oito cães. A família, que deve se mudar em março para o conjunto habitacional da Vila Garcia, temeu ter que deixar os bichos na rua e se adiantou. "Em breve vamos ter que sair, por isso já corremos atrás de quem aceitasse cuidar deles", afirma.
Essa é, inclusive, a orientação que a Prefeitura alega ter dado aos moradores inseridos no programa. "As famílias foram orientadas que, caso optassem por não levar os seus animais aos apartamentos, deveriam providenciar a doação antes da transferência", informou a Secretaria de Cidadania por meio de nota. A pasta declarou ainda que algumas famílias levaram seus bichos para as novas moradias. Em visita aos prédios da Vila Pedroso 3, no entanto, a equipe de reportagem do Jornal Cruzeiro do Sul não constatou a presença de animais. Além disso, em vistorias realizadas nas área desocupadas, tanto as secretarias de Cidadania e Saúde afirmaram a não constatação de acúmulo de animais. (Supervisão: Admir Machado)
O trabalho desenvolvido pelos "amigos dos animais" começou na última terça-feira e consiste em identificar os animais de rua nos locais deixados pelas famílias, geralmente áreas de risco compostas por barracos. Como não possui sede nem abrigo próprio, a ONG coloca uma fita de identificação no animal para que ele não seja contado mais de uma vez. "Nossa maior dificuldade está na falta de um lar temporário para deixá-los", explica a voluntária Márcia Sbrana. Os animais recolhidos são castrados por veterinários que colaboram com a ONG e somente depois disso são disponibilizados para adoção. No primeiro dia de trabalho, os voluntários identificaram 23 cães, 30 gatos, nove aves (principalmente galos e galinhas) e duas cabras. "Estamos preparados, inclusive, para nos depararmos com animais de grande porte, como cavalos", ressalta Márcia. Os números do segundo dia de levantamento não haviam sido divulgados até a noite de ontem.
O dia de ontem, porém, foi de resgate para dois cães que haviam sido localizados um dia atrás num terreno no Jardim Serrano. Os voluntários conseguiram um lar temporário para Pirata e Pretinha e voltaram ao local para recolhê-los. "Eles são dóceis e se tudo der certo, logo serão adotados", comemora Márcia, que percorreu a antiga favela durante o período da tarde atrás dos bichos. Ao lado dessa região, onde ainda existem famílias morando, o aposentado Antônio Machado já providenciou a doação dos seus oito cães. A família, que deve se mudar em março para o conjunto habitacional da Vila Garcia, temeu ter que deixar os bichos na rua e se adiantou. "Em breve vamos ter que sair, por isso já corremos atrás de quem aceitasse cuidar deles", afirma.
Essa é, inclusive, a orientação que a Prefeitura alega ter dado aos moradores inseridos no programa. "As famílias foram orientadas que, caso optassem por não levar os seus animais aos apartamentos, deveriam providenciar a doação antes da transferência", informou a Secretaria de Cidadania por meio de nota. A pasta declarou ainda que algumas famílias levaram seus bichos para as novas moradias. Em visita aos prédios da Vila Pedroso 3, no entanto, a equipe de reportagem do Jornal Cruzeiro do Sul não constatou a presença de animais. Além disso, em vistorias realizadas nas área desocupadas, tanto as secretarias de Cidadania e Saúde afirmaram a não constatação de acúmulo de animais. (Supervisão: Admir Machado)

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