Três barracos que ficam à margem de um córrego na rua José Paes Ribeiro terão de ser demolidos - LUIZ SETTI
A chuva forte que atingiu a região de Sorocaba na noite de sexta-feira deixou dez pessoas desabrigadas no Jardim Novo Mundo, em Votorantim. Por causa da movimentação do solo em virtude do temporal, três barracos que ficam à margem de um córrego na rua José Paes Ribeiro sofreram colapso estrutural e, de acordo com a Defesa Civil, terão de ser demolidos.
Segundo os moradores, a chuva começou por volta das 16h de sexta-feira e só terminou na madrugada de sábado. Por volta das 20h, houve queda de uma árvore que atingiu o telhado de um dos barracos. Chamados para atender a ocorrência, juntamente com o Corpo de Bombeiros, agentes da Defesa Civil de Votorantim constataram que além da casa atingida pela árvore, outras duas moradias vizinhas também apresentavam rachaduras nas paredes e no chão.
De acordo com Milton Moreira, presidente da Coordenadoria de Defesa Civil de Votorantim, a região atingida, onde moram aproximadamente 50 famílias, já havia sido classificada pela prefeitura como área de risco. "Ontem [sexta] teve um desbarrancamento pequeno, mas que afetou ainda mais aqueles barracos que vão precisar ser demolidos", afirmou.
Segundo Moreira, a operação de retirada das famílias e avaliação técnica das moradias atingidas envolveu 15 profissionais da Defesa Civil e das secretarias de Cidadania, Meio Ambiente e Serviços Públicos.
Situação de risco
Sem ter onde ficar, a família do auxiliar de limpeza Washington Conceição Chaves passou a noite no Centro Comunitário do Parque Bela Vista. Ontem pela manhã, ele, a esposa Antônia Lúcia e os dois filhos, de 7 e 8 anos, retornaram ao barraco onde moravam desde 2009 para fazer a retirada dos pertences. "Se eu tivesse condição, eu pagaria alugel em um lugar mais seguro. Eu não queria por minha família em situação de risco", afirmou Chaves.
O ajudante geral Eli Ferraz de Souza estava em casa com a esposa Silvana Maria e os quatro filhos quando ouviu o barulho da queda da árvore. "Foi um susto enorme, a gente saiu correndo para ajudar os vizinhos. Como interditaram a casa deles, eles dormiram aqui em casa", contou. A casa de Souza, que fica do outro lado do córrego, não foi interditada, mas agentes da Defesa Civil informaram que estão monitorando o local e uma nova visita deve ocorrer em um prazo máximo de quatro meses.

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