sábado, 29 de março de 2014

Sofia deixa a UTI em hospital de Sorocaba

Jornal Cruzeiro do Sul


 Estamos esperançosos e temos fé em Deus de que conseguiremos-, afirma a mãe Patrícia - Divulgação/Campanha Ajude a Sofia


A menina portadora de uma doença rara que compromete o funcionamento de seu intestino e bexiga deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Samaritano, em Sorocaba e foi transferida para um leito de um quarto, na tarde da última quarta-feira (26).
 

Desde o nascimento, em 24 de dezembro de 2013, a pequena Sofia precisou ficar internada no hospital da Unicamp, em Campinas, para ser acompanhada pelos médicos, pois sofre da Síndrome de Berdon. No dia 23 de março, através de uma força liminar, a menina foi transferida para o Hospital Samaritano, em Sorocaba para ficar mais próxima de sua mãe, que reside em Votorantim e que antes viajava todos os dias para vê-la.

De acordo com Patrícia, a mudança de sua filha para o quarto somou vários benefícios. "Ela está muito bem, mais tranquila. Estou feliz porque agora ficamos juntas 24 horas, coisa que não era possível na UTI. Nós dormimos juntas e ela é muito serena, estou muito feliz", relata a mãe, que está esperançosa com a etapa que Sofia enfrentará daqui para frente. "Ela permanecerá no hospital até a decisão da Justiça sair. Mas, se isso não acontecer rápido, tentaremos levá-la para casa. Espero que seja logo, tenho muita esperança e fé em Deus".

Sofia precisa de um transplante de intestino, que só pode ser realizado nos Estados Unidos e custa cerca de R$ 1 milhão. Uma ação na Justiça será movida pelo advogado da família, Miguel Navarro, para que o Estado pague o procedimento, já que no Brasil não existe nenhum local que realize esse tipo de intervenção cirúrgica. "Entrei em contato com um médico brasileiro que é responsável pela parte de transplantes da universidade de Miami, na Flórida, e ele aceitou a Sofia como paciente. Porém, ainda não temos os valores hospitalares para o procedimento", explica Miguel Navarro.

Até uma possível intervenção da Justiça, que tem como objetivo poupar a família do pagamento do transplante, as campanhas iniciadas no Facebook através da página "Ajude a Sofia" e no site "Vakinha" continuam. Desde o início da campanha, no dia 13 de fevereiro, até o dia 26 de março, foram arrecadados R$ 60 mil, segundo Patrícia Lacerda. "O valor da cirurgia é muito maior do que as contribuições que temos, mas se a liminar for aceita e o governo pagar o tratamento da Sofia, utilizaremos o dinheiro para pagar outras despesas como estadia, por exemplo", comenta.

Patrícia, que já enfrentou a perda de um filho que nasceu prematura e com má-formação congênita, vivendo apenas 29 dias, está confiante. "Com fé em Deus a gente vai conseguir passar por essa situação e conseguir o tratamento".

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