Wilson Gonçalves Júnior
Prefeito Erinaldo anuncia que pretende reduzir número de veículos alugados pelo governo municipal
Veículos adquiridos atenderão secretarias municipais e Guarda Civil Municipal - ERICK PINHEIRO
A Prefeitura de Votorantim adquiriu recentemente dez veículos para uso das secretarias e também da Guarda Civil Municipal (GCM). O prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB) confirmou ontem, durante entrevista na rádio <BF>Cruzeiro FM 92,3<XB>, que a compra dos veículos tem a intenção de reduzir o número de carros alugados pelo município. A terceirização da frota foi iniciada no governo do ex-prefeito Carlos Augusto Pivetta (PT), no ano de 2010 e recebeu críticas de vereadores do PSDB, na época oposição. Os atuais opositores, vereadores da bancada do PT e PDT, cobram do Executivo desde o início desta legislatura o fim do aluguel de carros.
Foi votado na noite de ontem, na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Votorantim, o requerimento especial, de autoria da vereadora Fabíola Alves da Silva Pedrico (PSDB), de votos de congratulações ao prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB) e ao secretário de Administração e Finanças, João Silva Moura Neto, pela aquisição de cinco veículos (Gol) para a prefeitura e outros cinco carros (Space Fox) para a Guarda Civil Municipal (GCM). O requerimento da parlamentar, que é filha de Erinaldo, responde aos questionamentos constantes feitos pelos vereadores Pedro Nunes (PDT) e Marcão Papeleiro (PT), que acusam o atual governo do PSDB de dar continuidade ao contrato de aluguel de veículos iniciado na gestão Pivetta, na época criticado pela oposição tucana.
A aquisição de veículos para atender diversas secretarias foi realizado pelo pregão presencial 102/2013, ocorrido no dia 29 de novembro do ano passado. O edital previa a compra de 50 carros, sendo sete picapes, 34 veículos leves com quatro portas, um sedan e quatro station wagon e cinco utilitários. O custo máximo de cada um, previsto no edital, era de R$ 31.533,53 (picapes), R$ 28.113,33 (veículo leve), R$ 68.332,50 (sedan), R$ 44.490,00 (station wagon) e R$ 51.917,33 (utilitário). O valor total é de R$ 1.714.302,81.
No dia 11 de março de 2014, o prefeito Erinaldo Alves da Silva publicou no diário oficial "Município de Votorantim" o extrato de 1º termo de aditamento a ata de registro de preço nº 070/2013. Nele, foram alterados os seguintes preço: modelo picape, o valor foi registrado em R$ 31.375.86 e sofreu reajuste para R$ 31.733,77 (diferença de R$ 357,91 por veículo), veículo leve registrado em R$ 27.970,00 e reajustado para R$ 28.289,87 (diferença de R$ 319,87) e station wagon registrado em R$ 44.260,00 e reajustado para R$ 45.218,29 (diferença de R$ 958,29). Os outros dois itens, sedan e utilitário, não foram reajustado neste extrato de aditamento.
Com este novo preço, o município pagou R$ 141.449,35 para adquirir os cinco veículos Gol e R$ 226.091,45 para comprar os cinco Space Fox (station wagon). O custo total foi de R$ 367.540,80 e a vencedora da licitação foi a Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda.
A atual gestão não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem do jornal <BF>Cruzeiro do Sul<XB>. São eles: quantos carros foram comprados ao todo? Quanto de cada modelo? Quanto pagou por unidade de cada modelo? Quem venceu a licitação? Quando foi encerrado a licitação? Qual secretaria recebeu os veículos? Foram adquiridos todos juntos ou houve uma primeira aquisição e agora outra? A prefeitura ainda aluga algum carro? Quantos e qual valor? E por que ainda mantém os aluguéis e por que manteve por mais de um ano, já que foi muito criticado quando o PSDB era oposição?
Aluguel
A matéria publicada pelo jornal <BF>Cruzeiro do Sul<XB> de 26 de dezembro de 2010, trouxe a informação de que ex-prefeito de Votorantim, Carlos Augusto Pivetta (PT), gastou mais com o aluguel de 32 veículos, no período de dois anos, do que se optasse pela compra dos mesmos veículos. O contrato de locação com a empresa Prisma Construções e Saneamento Ltda., de Santo André, vencedora da licitação, tinha um ano de duração, prorrogável pelo mesmo período e custou ao todo R$ 1.148.880,00. A matéria citou ainda que, caso a prefeitura decidisse adquirir os veículos, o preço final seria R$ 989.160,00, tomado por base a tabela de preço de veículos zero km da época. Na ocasião, a gestão de Pivetta defendeu o aluguel dos veículos, ao dizer que a terceirização da frota era uma tendência nas administrações municipais e gerava economia, principalmente no custo zero de manutenção.
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