Vereador questiona a quantidade de material recebido pelas escolas

Raquel Rocha
Folha de Votorantim

Questão gerou debate na última sessão da Câmara de Votorantim

Os materiais que serão utilizados pelos alunos de educação infantil e ensino fundamental, da rede municipal de ensino de Votorantim, já estão sendo enviados às escolas pelas empresas vencedoras do processo licitatório. Diante da falta de materiais básicos, como caderno, lápis, borracha e até papel sulfite, os alunos e professores começaram as aulas deste ano utilizando pertences antigos. Agora, mais de quarenta dias após o inicio do ano letivo, o problema é outro: a quantidade de material recebido.
Quem levantou a questão foi o vereador Pedro Nunes (PDT), na última sessão legislativa na Câmara de Votorantim. Segundo o vereador, ele foi procura por uma mãe em seu gabinete que levou para ele ver a quantidade de material que foi recebido pelo filho matriculado em uma unidade municipal: um apontador, uma tesoura, folha de sulfite, um caderno de brochura, um caderno de desenho e giz de cera. “Eu acho um absurdo as crianças receberem essa quantidade de material. Eu não sei se isso está bom, se alguém pode defender e achar que isso é o suficiente para alguém passar um ano inteiro estudando e fazendo atividades.”
O vereador Bruno Martins de Almeida (PSDB), após fazer a suas indicações ele retoma o assunto. “A questão do material escolar, é até bonito ver vereador da oposição falar, mas nós sabemos que era um valor de R$ 50,00 que era dado nos anos anteriores. Ou seja, em 2009, 2010, 2011 também não dava para comprar em grande quantidade. Do jeito que o vereador Pedro falou, parece que o ex-prefeito dava tudo. Mas vá fazer uma compra de material pra ver se não dá quase R$ 200,00 R$ 300,00. Na escola vai ter pra repor, mas oposição é assim mesmo, sempre vai falar mal e achar um defeito.”
As aulas da rede pública municipal de Votorantim começaram no dia 3 de fevereiro para as creches e no dia 5 de fevereiro para as escolas de ensinos infantis e fundamentais. Mesmo com tumulto e atrasos, nem todas as escolas já receberam o material escolar e estão, praticamente, sem ter o que trabalhar com os alunos.