Míriam Bonora
Reajuste salarial de 10,64% e benefícios foram aprovados em assembleias
Uma possível greve no sistema de transporte coletivo de Sorocaba e Votorantim está descartada. Os trabalhadores aceitaram ontem, em duas assembleias, a contraproposta às reivindicações da categoria, que prevê reajuste salarial de 10,64%, sendo 7,98% de reposição da inflação mais 2,66% de aumento real. Somando os dois municípios, cerca de 2.000 trabalhadores serão beneficiados, entre motoristas, agentes de bordo e funções de apoio, incluindo o transporte urbano e suburbano entre as duas cidades. A categoria previa o início do estado de greve para ontem, caso a proposta das empresas não fosse aceita.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, que representa a categoria, serão 9% retroativos a 1º de maio, data-base da categoria, mais 1,5% em outubro - sobre os salários já reajustados, o que soma 1,64% em relação aos salários atuais. O piso salarial dos motoristas passa de R$ 2.535,10 para R$ 2.763,26 a partir de maio, e em outubro para R$ 2.804. O piso dos agentes de bordo sobe de R$ 894,77 para R$ 975,30 a partir de maio, e R$ 989,98 em outubro.
Os funcionários também conquistaram aumento no vale-refeição, que já passa dos atuais R$ 16 para R$ 17; e a partir de 1º de novembro o número de vales sobe de 25 para 30 ao mês, sendo pago também nos dias de folga. A participação nos lucros e resultados (PLR) sobe de R$ 900 para R$ 1.000.
De acordo com o sindicato, as empresas STU, Consórcio Sorocaba e São João também se comprometeram a aumentar em 23% o valor pago à operadora do plano de saúde dos trabalhadores, a partir de julho, e a cobrar a prestação de melhores serviços por parte do convênio. Os direitos conquistados em campanhas anteriores, no acordo coletivo, também foram mantidos, como cesta básica e seguro de vida.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Paulo João Eustásia, conta que as negociações começaram há cerca de quinze dias, mas somente na terça-feira (20) houve avanço nas negociações para uma proposta condizente com as reivindicações. "No começo os empresários não queriam dar aumento algum e não queriam assegurar o acordo coletivo", diz.
O sindicalista comenta que a negociação teve participação da Urbes - Trânsito e Transportes para mediação, como de costume. Durante a assembleia, ele afirmou que as negociações começaram às 10h de terça e só encerraram por volta das 20h, após as empresas conversarem com o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) e a direção da Urbes para que fosse fechado o acordo.
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