Jornal Cruzeiro do Sul
Ao
todo, dez saídas de observação serão realizadas. Três grupos de animais
foram identificados, por observação - ARQUIVO JCS/FÁBIO ROGÉRIO
Um levantamento de campo, realizado pelas
Secretarias da Saúde e do Meio Ambiente de Votorantim, busca identificar
a população de capivaras que vive nas margens do rio Sorocaba e que
costuma circular no perímetro urbano da cidade. Segundo a Secretaria de
Comunicação, três grupos de animais foram identificados, apenas por
observação. Ao todo, dez saídas de observação serão realizadas, com a
finalidade de contar indivíduos, observar os animais, a localização dos
grupos e o local de acesso à área urbana.
No último dia 5, a
equipe do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria da Saúde,
formada por um veterinário e um agente de endemias, junto com o
secretário do Meio Ambiente, Carlos Alberto Leite, realizaram a primeira
saída de observação. A equipe percorreu, de barco, um trecho de
aproximadamente quatro quilômetros a partir da área próxima ao Terminal
João Souto. Segundo a prefeitura, ainda não foi possível estimar o
número total de animais que vivem às margens do rio.
Por se
tratar de animais silvestres e protegidos pelo Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é necessário
seguir uma série de procedimentos. Por exemplo: não é permitido realizar
captura ou manejo sem autorização e acompanhamento técnico de órgãos
competentes. Os procedimentos são protocolados e têm autorização do
Departamento de Fauna (Defau), do Estado de São Paulo, informou a
Prefeitura.
"Feita mais esta etapa, todos os dados coletados
e mais alguns documentos solicitados serão encaminhados ao Defau para
avaliação e aprovação de um plano de manejo para a população de
capivaras", explicou a Secretária da Saúde, Izilda Maris Chiozzotto de
Moraes.
Febre maculosa
A
Prefeitura de Votorantim aguarda autorização para a realização de exames
nas capivaras, a fim de constatar se possuem o carrapato do tipo
estrela, transmissor da febre maculosa. Caso os animais não estejam
contaminados, haverá a possibilidade de realização de castração das
fêmeas para evitar o aumento da proliferação de capivaras. Se houve
contaminação, o órgão responsável pela proteção dos animais é que
determinará as medidas a serem tomadas pelo município.
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