Notícia publicada na edição de 13/06/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 001 do caderno Ela
Telma Silvério
Alice e a mãe, Cássia, que também teve câncer - Emídio Marques
A
última sessão de quimioterapia e a cirurgia para a reconstrução de
parte da mama marcariam o recomeço para Cássia Báccaro, de 31 anos.
Agora, após tanto sofrimento, pensava numa nova vida ao lado dos filhos.
Mas a descoberta de um tipo de leucemia na filha Alice Rebeca, 4 anos,
tirou, novamente, o chão sob seus pés. A Leucemia Mielomonocítica
Juvenil (LMJ), considerada rara e agressiva, fez fortalecer a união
familiar e renovou a esperança em torno da cura da menina. Isso porque
ela depende do transplante de medula. O prazo para o procedimento é
novembro e, desta forma, a família luta contra o tempo, em busca de um
doador compatível. Além de uma corrente de orações e preces, amigos e
parentes iniciaram uma campanha em prol da doação de medula óssea.
Divorciada e mãe de outros dois filhos: José Felipe, 8, e Jonathan, de
6, Cássia conta que o primeiro sintoma da Alice foi a febre que não
cessava, tendo sido levada ao hospital. Embora a descoberta da doença
tenha sido confirmada com certa rapidez, ela explica que somente no
início de abril foi diagnosticado o tipo de leucemia. "Um tipo de
leucemia crônica e rara, que não pode ser curada somente com
quimioterapia", revela a mãe. Após passar pelo Hospital do Grupo de
Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci), Alice começou as
sessões de quimioterapia em Barretos. Sua primeira passagem pelo
hospital da outra cidade durou um mês e meio. "Era para ela ficar três
meses, mas graças a Deus pôde sair antes."
Desde então, Cássia e a filha têm dois endereços: o Gpaci, onde faz as
manutenções por praticamente vinte dias, e outros dez dias permanece em
Barretos para as sessões de quimioterapia. "São sete dias de injeções."
Até por conhecer essa rotina, ela fala de seu sofrimento. Com o
tratamento da menina e a campanha de incentivo à doação "Ajude a Alice" -
realizada por irmãos e amigos - a rotina da família mudou. "Trabalhava
na área administrativa com meu irmão, mas tive que parar por causa do
tratamento." A filha tinha 11 meses quando se separou. "Ele (pai) mora
em São Paulo e quase não vinha. Agora tem aparecido mais vezes para ver a
Alice."
Fé e tempo
Cássia conta que a filha começaria a estudar este ano na Emeief Helena Pereira de Moraes, em Votorantim, onde seus dois irmãos estão matriculados. Alegre, divertida, carinhosa e, "acima de tudo, uma guerreira". É desta forma que a mãe define a filha. Embora sua vinda tenha sido planejada, ela avalia a última gestação como a mais difícil. "Tive hepatite A e H1N1, além de outras complicações. Por isso considero minha filha uma guerreira. Mesmo antes de vir ao mundo lutava pela vida." A princípio, ela confessa ter ficado apreensiva com a iniciativa da campanha. "Não queria expor a Alice, mas depois percebi a necessidade, pois o tempo passa rápido." Embora tenha passado por situação semelhante, ela não imaginava tanta dificuldade no encontro de doador. Também não sabia que, muitas vezes, após ser contatada sobre possível receptor, a pessoa que faz parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) pode desistir. Além da luta contra o tempo e do empenho no incentivo à doação de medula, a família de Alice Rebecca - assim como dezenas e até centenas de famílias - depende da iniciativa e da solidariedade das pessoas. Por outro lado, ela foi surpreendida pela corrente que tem se formado, tanto para as orações quanto em prol da campanha para doações. Antes de iniciar a campanha em rede social, Cássia explica que foram discutidas todas as possibilidades, inclusive a de inseminação artificial para que gerasse outro filho. "Mas isso foi descartado." A chance de cura, segundo os médicos, está no transplante de medula. Em pouco tempo no Facebook, a campanha teve milhares de visualizações e centenas de compartilhamentos. Outra alternativa encontrada para a família multiplicar as chances de encontrar possível doador foi a impressão de cartazes para serem fixados em estabelecimentos públicos e comerciais. "Mesmo que a compatibilidade ocorra de um a cada cem mil, eu mantenho firme a minha fé. Para Deus nada é impossível!", finaliza ela. Para participar da campanha Ajude a Alice, pode-se fazer doação e compartilhar no Facebook: "Ajudem Alice" e comunidade "Ajude a Alice".
Fé e tempo
Cássia conta que a filha começaria a estudar este ano na Emeief Helena Pereira de Moraes, em Votorantim, onde seus dois irmãos estão matriculados. Alegre, divertida, carinhosa e, "acima de tudo, uma guerreira". É desta forma que a mãe define a filha. Embora sua vinda tenha sido planejada, ela avalia a última gestação como a mais difícil. "Tive hepatite A e H1N1, além de outras complicações. Por isso considero minha filha uma guerreira. Mesmo antes de vir ao mundo lutava pela vida." A princípio, ela confessa ter ficado apreensiva com a iniciativa da campanha. "Não queria expor a Alice, mas depois percebi a necessidade, pois o tempo passa rápido." Embora tenha passado por situação semelhante, ela não imaginava tanta dificuldade no encontro de doador. Também não sabia que, muitas vezes, após ser contatada sobre possível receptor, a pessoa que faz parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) pode desistir. Além da luta contra o tempo e do empenho no incentivo à doação de medula, a família de Alice Rebecca - assim como dezenas e até centenas de famílias - depende da iniciativa e da solidariedade das pessoas. Por outro lado, ela foi surpreendida pela corrente que tem se formado, tanto para as orações quanto em prol da campanha para doações. Antes de iniciar a campanha em rede social, Cássia explica que foram discutidas todas as possibilidades, inclusive a de inseminação artificial para que gerasse outro filho. "Mas isso foi descartado." A chance de cura, segundo os médicos, está no transplante de medula. Em pouco tempo no Facebook, a campanha teve milhares de visualizações e centenas de compartilhamentos. Outra alternativa encontrada para a família multiplicar as chances de encontrar possível doador foi a impressão de cartazes para serem fixados em estabelecimentos públicos e comerciais. "Mesmo que a compatibilidade ocorra de um a cada cem mil, eu mantenho firme a minha fé. Para Deus nada é impossível!", finaliza ela. Para participar da campanha Ajude a Alice, pode-se fazer doação e compartilhar no Facebook: "Ajudem Alice" e comunidade "Ajude a Alice".
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